Um novo reality show que será lançado pelo canal "A&E" nos Estados Unidos já está gerando polêmica antes mesmo de ir ao ar. Em "8 Minutes" ("8 Minutos", título ainda não definido), o pastor Greg Reese, de 44 anos, tem exatamente este curto espaço de tempo para "evangelizar" prostitutas de uma cidade da Califórnia e convence-las a abandonarem esta profissão. A ação do pastor será registrada pelas câmeras do produtor Tom Forman.
Criador de outros reality shows, como "Extreme Makeover: Home Edition", Forman disse que uma reportagem sobre Reese e o seu trabalho de evangelismo, publicada no ano passado, o inspirou a criar o novo programa.
"Nós lemos aquilo e pensamos: alguém tem que colocar uma câmera nisso", disse Forman ao site Entertainment Weekly. "É a coisa mais incrível que eu já ouvi".
Ex-policial Reese atuou durante 20 anos na região do condado de Orange, vizinho a Los Angeles. Ele fazia parte do setor de combate ao narcotráfico da polícia local e lidava com o mundo da prostituição diariamente, prendendo homens que financiam este mercado e atendendo ocorrências de ataques a garotas de programa.
Atualmente, Reese trabalha em uma igreja batista e telefone para prostitutas, se passando por um cliente, para marcar um encontro. Chegando ao local, ele explica que não ali para ter relações sexuais com ela.
"Tem mulheres que choram e falam: 'Eu estava esperando alguém vir e me apresentar uma saída'. Já outras recusam a ajuda", detalha Forman.
Contextualização
Não é de hoje que se percebe a tentativa das emissoras norte-americanas em encaixar os mais diversos contextos do cotidiano no formato de reality show. Temas variados como música, culinária, família, animais e até mesmo violência / criminalidade já tornaram-se pautas para programas deste perfil.
A polêmica que recai sobre o citado "8 minutes" é a implantação de um formato / fórmula para o evangelismo, na tentativa de que este funcione igualmente em todas as ocasiões.
Outro ponto questionável é a possível seleção de casos atendidos pelo pastor que irão ao ar, criando uma provável manipulação (e talvez até uma banalização) de um trabalho sério, como é o evangelismo.
O programa ainda não foi ao ar, mas ao que tudo indica, nesta proposta, o evangelho está caminhando para ser encarado como uma "gincana".
Com informações da UOL / www.guiame.com.br
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