"A estrutura das grandes denominações está em crise", aponta pastor Eli Fernandes

"Creio que muitas denominações estão em cima de alguns líderes que já não existem mais, e de algumas propostas radicais e politizadas que hoje já não existem mais também", aponta Eli em entrevista exclusiva ao Guiame durante a 4ª FLIC.

Fonte: Guiame, Luana NovaesAtualizado: segunda-feira, 17 de agosto de 2015 às 16:41

 


Pastor Eli Fernandes durante palestra na 4ª Feira Literária Internacional Cristã. (Foto: Guiame/ Marcos Paulo Corrêa)

 

Muitas igrejas se tornaram instituições estruturadas, que foram edificadas na visão de líderes e personalidades. Mas segundo o pastor Eli Fernandes de Oliveira, que representa uma união entre as editoras Life Way e CLC (Christian Leadership Center), esse modelo está em crise em todo o mundo — e esse movimento não tem volta.
 
"Não é uma coisa nova, nem um fenômeno local — é mundial. A crise começou na Europa, foi para os Estados Unidos e hoje já está no Brasil", aponta Eli em entrevista exclusiva ao Guiame durante a 4ª FLIC. "Creio que muitas denominações estão em cima de alguns líderes que já não existem mais, e de algumas propostas radicais e politizadas que hoje já não existem mais também."
 
Eli explica que hoje as pessoas se unem por valores, e não mais por aquilo que as separa. "O valor é universal, a Bíblia é universal, Jesus é universal, doutrinas são universais. Essas coisas nos unem. Portanto eu creio que há uma crise, e pior: eu creio que ela é irreversível", ressalta.
 
No entanto, o pastor esclarece que a crise denominacional não tira a importância da denominação — só não dá a ela o poder que tinha antes. "A igreja começou nos lares, ela não teve templo no primeiro, no segundo nem no terceiro século. O templo foi surgir no quarto século. A igreja está voltando a dar valor hoje aos grupos pequenos, ao relacionamento, a comunidade, a ajuda mútua. Hoje o valor está na célula. Tudo o que Jesus queria para a igreja e que a institucionalidade tirou dela, a célula está trazendo de volta", explica Eli.
 
"Esse movimento é uma volta ao Novo Testamento. Quando uma igreja tem uma célula, um pequeno grupo (PG), um grupo familiar, seja como chamarem, ela está apenas cumprindo aquilo que era a igreja primitiva, que todo dia se reunia nas casas, partia o pão, nas orações, no louvor. Isso não vem das pessoas, nem dos líderes, mas vem de um desejo de voltar ao espírito original bíblico para a igreja", diz o pastor.
 
Confira a entrevista completa:
 

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