Evangélicos não elegeriam Obama se tivessem mais espaço nas urnas, diz republicano

Os evangélicos tem um espaço muito pequeno quando se trata de votos nos Estados Unidos. Segundo republicano, se esta participação fosse maior, Obama não seria eleito.

Fonte: GuiameAtualizado: quinta-feira, 9 de outubro de 2014 às 23:47

O presidente norte-americano Barack Obama foi questionado por um político republicano sobre a reputação de seu governo para os evangélicos. Segundo Mike Huckabee, que foi governador do estado do Arkansas, evangélicos teriam escolhido outro presidente para comandar o país, caso tivessem maior participação nas urnas durante as últimas eleições de 2012.

Para Huckabee, os evangélicos não tem espaço na política dos Estados Unidos. Grande parte da classe conservadora americana é composta por evangélicos – de 100 milhões de conservadores sociais, 80 milhões são evangélicos. No entanto, deste percentual, apenas metade dos evangélicos estão registrados para votar em eleições presidenciais, e no fim das contas, somente 20% vai às urnas, ou seja, cerca de 20 milhões de pessoas.

"E o que aconteceria se, ao invés de metade, 75% da classe evangélica votasse? E se tivesse 10% a mais?”, questiona Huckabee. “Se os evangélicos tivessem votado na última eleição presidencial, teríamos um presidente diferente do que temos agora", resume o político de oposição.

A situação é ainda mais comprometedora quando se trata das eleições intercalares e eleições primárias dos partidos – que define quem serão os candidatos da vez –, onde o percentual cai para 10% de participação nas urnas, por parte dos evangélicos. 

Diante deste cenário, Huckabee incentivou pastores norte-americanos a conscientizarem seus fiéis, abordando mais sobre questões políticas em seus sermões.

O político republicano já concorreu à presidência no ano de 2008, e agora pensa em se candidatar novamente nas eleições de 2016.

 

Entenda como ocorre o processo eleitoral nos Estados Unidos

O processo eleitoral norte-americano é um pouco mais complexo do que o brasileiro. Todo político que tem intenção de tornar-se presidente primeiramente organiza um comitê exploratório antes das eleições, cuja finalidade é testar suas chances e arrecadar fundos para sua campanha. Após tais realizações, ele deve declarar formalmente sua candidatura à indicação de seu partido. Geralmente, há muitos candidatos que disputam a indicação partidária para concorrer à Presidência, sendo o Partido Republicano e o Democrata os principais quando se fala em política norte-americana.

As chamadas eleições primárias, que é a disputa entre candidatos de um mesmo partido, costumam ocorrer entre os meses de janeiro e junho. Eleitores em cada um dos Estados norte-americanos elegem os delegados partidários, alguns deles preferem escolher seus delegados através de uma prévia (sistema de reuniões políticas). Muitos candidatos tornam-se praticamente imbatíveis após vencer um número significativo de primárias, não necessitando do resultado das disputas nos últimos Estados. As convenções partidárias nacionais, realizadas um pouco antes da eleição presidencial, são usadas para indicar formalmente o candidato escolhido pelo partido para concorrer à Presidência. São os delegados partidários que escolhem os indicados durante as primárias e será o candidato que disputará a eleição que irá escolher o vice para sua chapa.

A eleição presidencial ocorre sempre na primeira terça-feira de novembro do ano eletivo. Ao contrário do Brasil, os eleitores não participam de uma eleição direta, eles são responsáveis pela escolha dos “eleitores” que formam um Colégio Eleitoral. O número de “eleitores” por Estado é determinado pelo tamanho de sua população. Na maioria dos Estados, o vencedor do voto popular leva todos os votos do Colégio Eleitoral daquele Estado. Devido a esse sistema, um candidato pode vencer sem ter o maior número de votos populares em âmbito nacional.

 Com informações de The Christian Post e Brasil Escola
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