Faceglória: a rede social evangélica onde ‘likes’ são ‘améns’

A rede social, criada este mês por um grupo de 30 pessoas ligadas a diversas igrejas, custou cerca de 40 mil reais até o momento. “Já chegamos a 50 mil membros, e nosso objetivo é chegar a 10 milhões em um ano", diz o idealizador.

Fonte: Guiame, com informações de El PaísAtualizado: sexta-feira, 5 de junho de 2015 às 14:40
Bruna Karla em anúncio da rede social Faceglória. (Divulgação)
Bruna Karla em anúncio da rede social Faceglória. (Divulgação)

 

O Facebook, maior rede social do mundo, não é mais a única opção, pelo menos para o público evangélico. Para aqueles que querem compartilhar conteúdos voltados à "família cristã", o Faceglória dispõe de ferramentas inusitadas. Os likes foram substituídos por améns, pornografia e palavrões estão proibidos e cantos de louvor evangélicos são a trilha sonora constante.

“São todo bem vindos, espíritas, católicos... O nome é voltado para os evangélicos, mas todos podem estar lá”, afirma Átilla Barros, um dos responsáveis pela iniciativa. “O Facebook é muito liberal, tem muita baixaria, promiscuidade. E isso desagrada as famílias”.

O designer rejeita o rótulo de careta, e diz que até mesmo fotos de biquíni estão liberadas: “Desde que de forma respeitosa. A praia é natureza, e a natureza foi criada por Deus. Não é pecado usar biquíni na praia”. Paqueras também são permitidas, desde que sigam os preceitos de “um ambiente familiar e sadio”.

A rede social, criada este mês por um grupo de 30 pessoas ligadas a diversas igrejas, custou cerca de 40 mil reais até o momento. “Já chegamos a 50 mil membros, e nosso objetivo é chegar a 10 milhões em um ano. Em quatro meses não estaremos devendo nada para o Facebook”, diz Barros. Na divulgação da plataforma está a cantora Bruna Karla, ilustrando a campanha do Faceglória.

Homossexuais também são bem vindos, “desde que respeitem os princípios do Faceglória”, explica seu criador. De acordo com Barros, gays não poderão usar a plataforma para “divulgar a ideologia deles”. “Respeitamos homossexuais, mas esta rede é para a família, e para nós família é um homem e uma mulher”. O controle do conteúdo é garantido por uma equipe que fiscaliza o que é postado, e quem viola as regras é punido com a exclusão do perfil.

O Faceglória ainda não tem anunciantes, mas Barros admite que para se sustentar a rede irá precisar de verba publicitária. “Qualquer um poderá anunciar, desde que os as propagandas respeitem nossos princípios”, afirma. O Boticário, que provocou polêmica com uma campanha de Dia dos Namorados com casais homossexuais, poderia anunciar, “desde que uma outra peça”, diz. Segundo o designer, a rede não é associada a nenhuma igreja ou partido político.

Os responsáveis pela rede também adquiriram o domínio faceglory.com, visando expandir a iniciativa para outros países.

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