Faculdade expulsa aluno cristão e classifica o Evangelho como "discurso de ódio", nos EUA

Segundo a Faculdade Georgia Gwinnett (EUA), o aluno que compartilhou sobre sua fé cristã com seus colegas, agiu de forma "intolerante" e "preconceituosa".

Fonte: Guiame, com informações do Christian PostAtualizado: domingo, 23 de abril de 2017 às 19:16
Bíblia colocada sobre carteira escolar. (Foto: The Resurgent)
Bíblia colocada sobre carteira escolar. (Foto: The Resurgent)

Uma Faculdade está respondendo a uma ação judicial, baseada na Primeira Emenda da Constituição dos EUA, após expulsar um aluno e pregador cristão de seu campus, afirmando que o discurso dele, apesar de estar dentro de uma "zona de liberdade de expressão", subiu ao nível de "palavras de guerra" e "discurso de ódio".

Segundo um comunicado da Faculdade Georgia Gwinnett , o debate do aluno Chike Uzuegbunam sobre sua fé cristã levou a "palavras de guerra" e ele "usou uma linguagem religiosa contenciosa que, quando se dirigi a uma multidão, com uma tendência a incitar hostilidade".

Defendendo o aluno cristão, a organização 'Alliance Defending Freedom' ("Aliança em Defesa da Liberdade") entrou com uma ação judicial em dezembro de 2016, desafiando as políticas de discurso restritivas da escola, depois que Uzuegbunam foi proibido várias vezes de discutir sobre sua fé, mesmo que fosse em uma área designada pela escola como uma zona de liberdade de expressão.

"Apesar de afirmar que valoriza a 'diversidade' e a 'comunicações aberta', a Faculdade Georgia Gwinnett limita o discurso dos estudantes a duas zonas de fala ridiculamente pequenas e censura o discurso que ocorre nessas áreas", escreveu a 'ADF' no processo.

A resposta da escola no movimento agora afirma que o aluno "proferiu uma mensagem preconceituosa diretamente contra um grupo de 'muitos indivíduos', enquanto estava em cima de um banquinho, e, ao fazê-lo, realmente causou distúrbio. No entanto, em uma declaração apresentada em resposta à ação da escola, a ADF observou que "episódios idênticos para limitar os discursos de ódio falharam".

As duas pequenas zonas de discurso livre no campus da Faculdade compõem menos de 0,0015 por cento do campus e estão abertas apenas 18 horas por semana, de acordo com a ADF.

E para usar essas zonas de discurso, os estudantes devem enviar um formulário de "solicitação de área" com três dias de antecedência e enviar para análise prévia qualquer material publicitário e literatura que desejem distribuir aos administradores para revisão, de acordo com o aluno.

"Se os alunos quiserem falar - seja através de comunicação oral ou escrita - em qualquer outro lugar do campus, então eles devem conseguir uma autorização de funcionários da faculdade. Assim sendo, os alunos não podem falar espontaneamente e precisam expor-se a uma variedade de sanções, incluindo a expulsão da Faculdade", observou o estudante em sua queixa contra a escola.

"A Primeira Emenda da Constituição dos EUA garante a liberdade de expressão e de religião para cada aluno. Toda escola pública - e especialmente uma faculdade estadual que deveria ser o 'mercado de idéias' - tem o dever de proteger e promover essas liberdades", disse Travis Barham, um dos advogados da ADF, em uma declaração anterior. "Os estudantes não sentem que sua liberdade de expressão está constitucionalmente protegida dentro dos portões do campus".

Casey Mattox, advogado sênior do ADF, acrescentou: "Os estudantes universitários de hoje serão os legisladores, juízes, comissários e eleitores de amanhã. É por isso que é tão importante que as universidades públicas modelem os valores da Primeira Emenda, que elas deveriam ensinar aos alunos, e é por isso também que essa [repressão] deveria incomodar a todos da Faculdade Georgia Gwinnett e muitas outras que estão comunicando a essa geração que a Constituição não tem importância".

 

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