Formada por metaleiros, "Crash Church" persiste em São Paulo (SP)

Pode parecer que não, mas o rock'n roll (e muito desta "atitude", como roupas, tatuagens, piercings, etc) ainda gera polêmica entre os cristãos. Prova disso é a "Crash Church", fundada em 2006 e que, atualmente, localiza-se à região do Alto do Ipiranga, em São Paulo (SP).

 

Formada em maioria por adeptos do rock'n roll, tem uma decoração "tematizada" - com paredes pintadas de preto e desenhos como coroas de espinhos grafitados - e ainda sofre com preconceitos, "vindos de ambos os lados", segundo o pastor e fundador Antonio Carlos Batista, 46 anos. Por parte dos cristãos, o grupo é chamado de herege e, por parte de muitos roqueiros, são criticados pelo seu jeito "comportado" de ser.

 

A igreja busca ser uma opção para aqueles que não querem ser taxados por seu jeito de vestir ou pelas músicas que escutam.

 

"Acolhemos quem não quer vestir terno, nem cortar os cabelos para louvar ao Senhor, nem ser violento ou negar a Jesus Cristo só por causa do som que gosta de ouvir", explicou o líder da igreja.

 

Porém esta abertura não se torna algo "escancarado" no que diz respeito a princípios bíblicos. Sem drogas, nem sexo fora do casamento ou até mesmo apoio à militância gay, a comunidade firma suas intenções em meio à sociedade.

 

"Ninguém aqui transa antes do casamento e nós não acreditamos em um terceiro sexo. Gays são bem-vindos, porque precisam de amor e ajuda", explicou.

 

Persistência

Explicando sua perseverança, apesar dos preconceitos (seja por parte muitos cristãos ou dos roqueiros do meio secular), explica que batalhas fazem parte da vida de quem caminha com Deus.

 

"O povo de Israel foi guerreiro. Nós estamos em constante luta contra satanás", destacou.

 

Com informações da Folha.com