"A grama do vizinho é sempre mais verde que a minha". Será?

O mito da grama do vizinho, sempre mais verde do que a minha, não é mais um problema só de inveja, mas um fenômeno "photoshopiano".

Fonte: Guiam, Bruno BrandãoAtualizado: terça-feira, 19 de maio de 2015 às 20:49
Inveja
Inveja

Você já parou para pensar no fato de que todo mundo parece se "dar bem" a sua volta e você não? As famílias são lindas e harmônicas enquanto a sua, luta para sobreviver e encontrar uma estação de paz; as pessoas conhecem o mundo e gente bonita de inteligência destacada e influência inspiradora enquanto seu horizonte é sua provincia e seus amigos, além de não tão confiáveis, são cada vez mais raros; elas avançam em suas conquistas e experiências enquanto você, ainda sofre com a busca por uma descente oportunidade e o acerto de suas contas em pendência.

Enfim, Tudo parace ser tão injusto e difícil pra você, não é? O universo, definitivamente, não "conspira" a seu favor! O que se passa, afinal? Por quê isso? Por quê comigo?

Bom, em um mundo que descartou Descartes, "ser percebido" é existir, logo, mais do que a própria vida, todos querem seu lugar de visibilidade e jamais, é óbvio, em fracasso, feiura, derrota... O mito da grama do vizinho, sempre mais verde do que a minha, não é mais um problema só de inveja, mas um fenômeno "photoshopiano". Puro engano e ilusão - as vezes, no vizinho não há nem grama, quanto mais verde!

É claro que existem as exceções e como exceções, não são "virais". Em segundo lugar, não nos esqueçamos que todo mundo - mesmo - passa pelo seu friozinho! O inverno não se deixa escapar tão facilmente assim de sobre a vida de ninguém. Até os homens de "boa vontade" a quem Deus quer bem, viverão aflições neste mundo; até mesmo os que tem suas casas firmadas sobre a rocha, não conseguirão evitar os fortes ventos, as chuvas, os terremotos e os salteadores. Não sucumbirão diante deles, é verdade, mas não os evitarão!

Terceiro, toda dor, lamento e sofrimento, são expedientes inevitáveis de Deus na vida dos seus filhos, tanto para o seu próprio bem em adensamento de alma, quanto para o bem dos outros que poderão ser consolados com o consolo que a alguns já foi partilhado. É a santa e fraterna koinonia acolhedora dos santos, que como luz brilham e salgam o mundo em que vivem.

Em último lugar, a fé, que como dom nos foi dada, é uma experiência em esperança para além do aqui e agora. Ela é meio "já" / "ainda não". Ou seja, mesmo vivendo na concretude de um Deus vivo, experiencial, relacional, que intervém e transforma realidades, os olhos dos transcendentes estão no alto, no céu, na Jerusalém que desce do alto, na eternidade, fora dessa condição/dimensão espaço-temporal e sem alienação lunática.

Sendo assim, o que aqui tiver que ser, será, sem pesos e fatalismos preguiçosos, mas em toda pacificação de quem sabe já ter passado dessa vida para uma outra. Portanto, se sou escravo podendo ser livre, que me liberte conforme Paulo; se não, alegre-se por ser escravo e honre ao seu senhor. Pense nisso e converta sua murmuração em adoração!

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