Antes da pandemia de Covid-19, Mike e Rachel Rapacz adoravam na igreja aos domingos e recebiam um pequeno grupo às segundas-feiras em sua casa em Wake Forest, na Carolina do Norte (EUA).
“Tudo mudou durante a pandemia”, disse Mike Rapacz ao site Baptist Press. Isso porque, hoje em dia, o pequeno grupo passou a ser o principal vínculo na Summit Church.
Na casa de Mike, o grupo se reúne aos domingos para assistir a transmissão do culto online, aprofundam-se estudo da Bíblia, oram e almoçam juntos no quintal da casa. Ao mesmo tempo, os 19 filhos dos oito casais do pequeno grupo estão sendo discipulados em quatro casas na mesma rua, reunidos em duas faixas etárias, liderados por voluntários do ministério infantil.
Essa será a rotina do grupo pelo resto do ano. O grupo está entre mais de 2.400 pequenos grupos compostos por 12.000 fiéis que iam aos cultos presencialmente na Summit Church antes do coronavírus, de acordo com o pastor J.D. Greear.
A liderança da igreja decidiu que, por causa da pandemia, os cultos presenciais serão realizados apenas em 2021. Até lá, as reuniões serão feitas em pequenos grupos, o que também chamam de “igrejas domésticas”.
“Não estar reunidos para adorar nos fins de semana não significa que ainda não podemos nos reunir”, disse o pastor Greear. “Vamos equipá-los para se reunirem em igrejas domésticas — pequenos grupos de pessoas que se reúnem nas casas, de acordo com o que as autoridades consideram seguro, em termos de regulamentos e tamanho do grupo”.
Um dos pastores da igreja, Todd Unzicker, disse que a decisão é temporária, mas muito do que eles têm vivido é semelhante ao livro de Atos.
“Por exemplo, no meu pequeno grupo, estamos nos reunindo nas manhãs de domingo, para adorar junto com o resto da Summit durante os cultos e, em seguida, fazemos uma refeição juntos e dedicamos um tempo à oração”, conta.
Novos formatos
A igreja Summit pretende ainda capacitar os líderes para incorporar batismos ao ar livre e reuniões de oração.
De acordo com o governo da Carolina do Norte, as reuniões são limitadas a 10 pessoas em ambientes fechados e 25 pessoas ao ar livre. É obrigatório o distanciamento social de 1,8 metro e uso de máscaras, caso o distanciamento social não seja possível.
Outro pastor da igreja, Peter Park, acredita que um dos maiores desafios durante a pandemia é manter a conexão com as pessoas. Ele observa que muitos estão cansados de serem discipulados pela internet. “A fatiga do Zoom é real”, comentou.
“Sentimos muita falta de estar um com o outro, mas a grande maioria entende que este é um tempo único”, disse Peter. “Eu acredito que a missão de fazer discípulos irá continuar de novas maneiras e a igreja virá mais forte por causa desta temporada”.
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