Israel celebra independência e faz homenagem aos soldados mortos em guerra

Prestes a comemorar a independência, acontece no país o tradicional “Dia Memorial”, que é uma homenagem aos soldados caídos e vítimas do terrorismo.

Fonte: Guiame, com informações da AFPAtualizado: sexta-feira, 13 de maio de 2016 às 12:57
A última quinta-feira (12), que para os Israelitas representou um dia de festividades. (Foto: Reprodução).
A última quinta-feira (12), que para os Israelitas representou um dia de festividades. (Foto: Reprodução).

Israel tem comemorado seu aniversário. A nação sobreviveu a momentos históricos como o Holocausto, tão lembrado em filmes como “O Pianista”, “O Moenino do Pijama Listrado” e “A Vida é Bela”. Ao mesmo tempo, os palestinos refletem no Nakba, "dia da catástrofe". Para uns, Israel é questão de sobrevivência. Na data em que o país comemora seu 68º Dia da Independência (Yom Ha'atzmaut), muitos cidadãos devem ir às ruas para admirar os fogos de artifício, comer churrasco e celebrar, mesmo com a onda de violência que, em oito meses, matou 28 israelenses e mais de 200 palestinos.

Em contrapartida disso, na última quinta-feira (12), que para os Israelitas representou um dia de festividades, para os palestinos o Nakba (dia da catástrofe) é relembrado quando o Estado de Israel foi estabelecido numa terra que antes fora ocupada por eles, ao menos em parte.

Duas narrativas

Prestes a comemorar a independência, acontece no país o tradicional “Dia Memorial”, que é uma homenagem aos soldados caídos e vítimas do terrorismo. Durante um dia inteiro, todos os canais nacionais de TV devem transmitir filmes, entrevistas e cerimônias em sua homenagem. Desde 1860, mais de 23 mil militares do país morreram no cumprimento do dever.

"O Dia da Independência ainda é importante para mim, embora eu tenha certeza que ele mudou muito ao longo dos anos", comenta Noa Greenberg, estudante de psicologia de Tel Aviv. "Os meus avós de ambos os lados são sobreviventes do Holocausto, e quando olho para a minha avó, que ainda está viva, de repente sinto a importância deste Estado, apesar de todos os problemas", conta.

A fundação do Estado de Israel tem grande significado para ambos os povos, mesmo para as gerações que ainda não haviam nascido na época. "Não acho que devemos nos desculpar por viver aqui", diz o estudante israelense Ron. "É quase um milagre nós estarmos vivos e saudáveis hoje, em nosso próprio país. Não quero cair no clichê de usar o Holocausto como elemento de vantagem, mas, sim, ele não aconteceu há tanto tempo assim. E quem sabe o que poderia ter sido se a gente não tivesse erguido um país aqui?", relatou o estudante.

O palestino Alaa Daraghme reconhece que nunca foi informado sobre o número de soldados mortos do outro lado nem sobre a narrativa israelense, "mas também não quero voltar para Jaffa ou Haifa, como muitos pensam que queremos. Eu gostaria que um dia nós pudéssemos viver, todos, num só Estado", afirma. "Eu também gostaria", confirma Ron.

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