Israel suspende 83 mil autorizações a palestinos para o Ramadã após ataques

Também foram suspensas as licenças especiais durante o Ramadã para palestinos na Faixa de Gaza, incluindo licenças para visitar parentes em Israel.

Fonte: Guiame, com informações da AFPAtualizado: sexta-feira, 10 de junho de 2016 às 14:01
Outra ação foi o congelamento das licenças dos militares. (Foto: Reuters).
Outra ação foi o congelamento das licenças dos militares. (Foto: Reuters).

Na última quinta-feira (9), Israel suspendeu a maioria das autorizações especiais para os palestinos entrarem em Israel durante o mês sagrado do Ramadã. Além disso, foi reforçado a segurança em Tel Aviv após dois palestinos terem atirado em um mercado popular na quarta-feira, matando quatro israelenses.

Na quarta-feira, dois homens armados abriram fogo em um mercado popular de alimentos na região central de Tel Aviv, deixando quatro pessoas mortas e várias outras feriadas. A polícia de Israel classificou a ação como um ataque terrorista. A polícia ainda informou que um terceiro atirador fugiu do Mercado Sarona e disparou mais tiros nas proximidades do local antes de deixar o local.

Por causa disso, um órgão da Defesa israelense, o Cogat, disse que 83 mil autorizações para palestinos na Cisjordânia visitarem parentes em Israel durante o Ramadã tinham sido suspensas. Israel considera o Ramadã, o mês sagrado para os muçulmanos, e permite que os palestinos visitem seus familiares.

Também foram suspensas as licenças especiais durante o Ramadã para palestinos na Faixa de Gaza, incluindo licenças para visitar parentes em Israel, viajar para o exterior e participar de orações na Mesquita de Al-Aqsa em Jerusalém, o terceiro local mais sagrado para o islã, depois de Meca e Medina. As informações são do Cogat.

Unidades Extras

Outra ação foi o congelamento das licenças dos militares para trabalhar em Israel a parentes de 204 atiradores e poderá impedir palestinos de saírem e entrar na aldeia da Cisjordânia de Yatta. O Cogat disse que a entrada e a saída só será admitida para casos humanitários e médicos.

Em Tel Aviv, unidades policiais extras foram mobilizadas, principalmente em torno das principais estações de ônibus e estação ferroviária da cidade, disse o porta-voz da polícia, Micky Rosenfeld. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, chamou os ataques de ontem de "assassinato a sangue frio por terroristas desprezíveis", segundo um comunicado de seu escritório.

O Hamas, o grupo islâmico que governa Gaza, saudou o ataque, mas não reivindicou a responsabilidade por ele. Autoridade do Hamas, Mushir al-Masri, chamou o tiroteio de uma "operação heroica" e o grupo mais tarde emitiu uma declaração oficial prometendo aos "sionistas" mais "surpresas" durante o mês sagrado do Ramadã.

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