"As leis não podem mudar a realidade heterossexual humana", diz Psiquiatra e ex-gay

Psiquiatra e ex-gay, Richard Cohen, fala em seu novo livro, sobre 10 possíveis causas da homossexualidade nos filhos.

Fonte: GuiameAtualizado: quinta-feira, 26 de junho de 2014 às 13:22
"As leis não podem mudar a realidade heterossexual humana", diz Psiquiatra e ex-gay
"As leis não podem mudar a realidade heterossexual humana", diz Psiquiatra e ex-gay

"As leis não podem mudar a realidade heterossexual humana", diz Psiquiatra e ex-gay"Filhos gays, pais heterossexuais". Este é o título do livro lançado recentemente pelo psiquiatra e ex-gay, Richard Cohen, no qual fala sobre 10 possíveis causas da homossexualidade nos filhos, como enfrentar em família a notícia e como lhes ajudar a restaurar a sua sexualidade. O terapeuta teve a oportunidade de apresentar a sua obra na Espanha

Em declarações ao Grupo ACI, Cohen falou sobre o assunto e destacou que rejeição e ressentimento são duas das causas mais comuns do desenvolvimento da homossexualidade no ser humano.

"O jovem não escolheu essa atração pelo mesmo sexo e se sente rejeitado por algo que não escolheu. Não digo que tenham nascido assim, porque cientificamente está demonstrado que não se nasce gay, mas sempre existem fatores ambientais, familiares ou de temperamento que fazem que uma pessoa desenvolva essa atração", precisa.

Amar na Verdade
Segundo o autor, quando se fala em homossexualismo, aceitação e combate à homofobia, amor e sinceridade andam lado a lado.

“Explico no meu livro que amar estas pessoas sem as compreender é algo superficial e a verdade sem amor é dura. Por isso, necessitamos de amor para lhes compreender, mas também verdade para lhes ajudar”, afirma.

Discorrendo mais a respeito da rejeição como fator que se relaciona com a homossexualidade, o terapeuta explica que o amor é capaz de tratar de traumas e estabelecer vínculos.

“Sentem-se rejeitados e doídos, e é compreensível. Por isso o que proponho é amá-los, escutá-los e apoiá-los porque suas amizades e suas relações não duram. Por isso nós temos que ser ‘Deus com pele’ para eles, e nos comportar com eles como Jesus e Maria o fariam. Isso é amor na verdade”, assegura Richard Cohen.

Durante alguns anos Cohen teve a homossexualidade como orientação sexual, mas atualmente está casado com uma mulher e é pai de quatro filhos. Além disso, afirmou ter atendido milhares de pessoas que tinham atração pelo mesmo sexo e desejavam mudar de orientação sexual. Hoje estes pacientes são, segundo o terapeuta, "heterossexuais felizes, casados e com filhos".

“Minha terapia funciona, eu era homossexual, tive um companheiro durante três anos e tive namorados antes e depois dele. É claro que eu sei o que é a perseguição e a discriminação. Mas estou pedindo à comunidade homossexual o mesmo respeito que eles pedem que se tenha com o seu ponto de vista”, destacou.

O autor também destacou a importância da figura do pai e da mãe bem distintas na criação de um filho (a).

“Psicologicamente uma criança precisa de uma representação masculina que vê no seu pai e uma feminina que vê na sua mãe para interiorizar uma identidade sexual”, explicou.

Uma terapia em três passos
Cohen explicou que seu método terapêutico segue três pontos básicos. O primeiro deles se foca na compreensão do que tem gerado a atração.

“Em todos os meus livros falo das 10 causas potenciais da homossexualidade, que servem para entender o que criou essa atração. E está baseada sempre em feridas no coração que não se resolveram e necessidades legítimas de amor que não foram satisfeitas nos primeiros anos de infância”, assegura.

O segundo passo seria tratar destas / fatos que contribuíram de fato para o desenvolvimento da homossexualidae.

“Pode estar motivado pela relação com seu pai ou com sua mãe, por ter sofrido algum tipo de abuso ou pressão de gênero. É necessário trabalhar estas causas para acabar com a raiva”, diz.

O terceiro ponto da terapia também integra uma etapa na qual há uma reinterpretação do amor entre pessoas do mesmo sexo.

“Quando se tira a dor, podem experimentar o verdadeiro amor de alguém do seu mesmo sexo. Um amor de amizade sincera que não tenha um componente sexual, mas sim de amizade”, disse.

Cohen também costuma explicar a seus pacientes o poder que Deus tem de realizar mudanças que parecem ser impossíveis e explica o papel que a fé tem neste processo de mudança.

“Não digo qual Deus, porque o paciente pode ser cristão, judeu, muçulmano, hindu, embora também tenha trabalhado com ateus. Mas animo a uma crença espiritual de Deus, porque cientificamente aqueles que acreditam e rezam se curam antes. É uma questão biológica, os homens e as mulheres estão desenhados uns para os outros. A verdade é a verdade, podemos fazer as leis que quisermos, mas a realidade é que os homens e as mulheres estão desenhados uns para os outros”, afirmou.

Melhora do casamento e as relações com os filhos
Apesar das dificuldades e do boicote que tentaram fazer à publicação do seu último livro e a sua divulgação na Espanha e nos Estados Unidos, Cohen afirma que ainda hoje continuam chegando mostras de agradecimento pelo seu trabalho.

“Tive alguns problemas na hora de publicar o meu último livro nos Estados Unidos porque na editora receberam reclamações de algumas pessoas que se dizem católicas. Isto fez que o presidente da editora lesse o meu livro para decidir se o publicava ou não e me disse: ‘É um livro incrível porque ajuda os pais a enfrentar muitos temas, não só a homossexualidade, mas também desordens alimentares, relações sexuais adolescentes, vícios às drogas e ao álcool…’”, contou o autor.

Na sua recente visita à Espanha uma psicóloga que participou dos seus cursos sobre a homossexualidade lhe disse que depois das sessões tinha mudado o seu casamento e a relação com seus filhos.

“Tinha vindo para aprender sobre a atração pelo mesmo sexo, e sempre digo aos meus clientes que se reafirmem, que façam exercícios. Mas desta vez o coloquei em prática com os meus filhos, comecei a dizer para eles ‘você é adorável, estou orgulhosa de você, é um tesouro precioso, é a filha que sempre sonhei’ porque nunca lhes havia dito isso de uma maneira tão clara. Minha filha ao escuta-lo estava radiante, quem não gostaria de escutar isso”, disse a psicóloga.

Com informações da ACI Digital

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