Líder do Estado Islâmico anuncia novos ataques contra cristãos, no Egito

O extremista disse para os muçulmanos se afastarem de cristãos, pois eles são alvos dos próximos ataques.

Fonte: Guiame, com informações do Christian TodayAtualizado: sexta-feira, 5 de maio de 2017 às 15:53
Em dezembro de 2016, o grupo extremista reivindicou a autoria de um bombardeio na Igreja do Cairo. (Foto: Reuters).
Em dezembro de 2016, o grupo extremista reivindicou a autoria de um bombardeio na Igreja do Cairo. (Foto: Reuters).

Um líder do Estado Islâmico no Egito advertiu os muçulmanos a se manterem afastados dos encontros realizados pelos cristãos. O alerta têm o objetivo de proteger as pessoas de fé islâmica sobre futuros ataques contra o que ele chamou de “alvos legítimos”. Outros possíveis ataques poderão ser feitos em instalações do governo.

A declaração foi dada ainda enquanto os cristãos egípcios continuam a lamentar os bombardeios no Domingo de Ramos sobre as igrejas coptas que mataram pelo menos 45 e feriram mais de 100 pessoas. O Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade da ação extremista.

"Estamos alertando você para ficar longe de encontros cristãos, bem como as reuniões do exército e da polícia, e as áreas que têm instalações políticas do governo", disse o líder do grupo islâmico que não se identificou, em uma entrevista ao jornal semanário muçulmano Al Naba, publicado no Telegram.

Fortes investidas

Em fevereiro deste ano, o Estado Islâmico instigou a violência contra cristãos coptas egípcios, chamados de "infiéis". Esse grupo cristão representa cerca de 10% do país que é majoritariamente muçulmano. Centenas de cristãos foram forçados a fugir de suas casas no Sinai, no norte do Egito, depois de vários assassinatos que ocorreram na região. Eles haviam recebido um aviso: "Vá embora ou morra".

Em dezembro de 2016, o grupo extremista reivindicou a autoria de um bombardeio na Igreja do Cairo que matou 27 pessoas.

Alguns comentaristas dizem que a opressão militante do grupo minoritário é parte de um ataque dirigido contra o Egito como um todo, visando os elementos mais vulneráveis ​​do estado. Os ataques aumentaram a pressão sobre o presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, enquanto ele procura manter o país seguro e cumprir sua promessa de proteger as minorias do extremismo.

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