Mãe de menino ferido em ataque a igreja fala sobre recuperação: "Oramos antes das cirurgias"

Álvaro estava na igreja quando sofreu graves ferimentos em um ataque terrorista. Outras três crianças também foram feridas e uma delas não resistiu.

Fonte: Guiame, com informações do World Watch MonitorAtualizado: terça-feira, 14 de março de 2017 às 19:46
Sua mãe diz que pelo menos ele parou de chorar depois de cada cirurgia. (Foto: Reprodução).
Sua mãe diz que pelo menos ele parou de chorar depois de cada cirurgia. (Foto: Reprodução).

Há pouco mais de quatro meses, no dia 13 de novembro de 2016, uma menina de dois anos morreu após sofrer queimaduras em 75% em seu corpo, durante um ataque com bomba a uma igreja na Indonésia. Três outras crianças também foram feridas - Anita (também de dois anos), Trinity (de três anos) e Álvaro (de quatro anos) - durante o ataque à Igreja Oikumene em Samarinda, capital provincial de Kalimantan Oriental.

Anita e Trinity estão agora em casa, após o tratamento hospitalar, embora Trinity continue a exigir check-ups regulares. Enquanto isso, Álvaro - o mais ferido - diz que se sente "envergonhado" por causa de seus ferimentos. Segundo sua mãe, ele se afasta de novas pessoas. Ele já sofreu 17 cirurgias diferentes, incluindo três para substituir a pele no topo de sua cabeça.

Sua mãe diz que pelo menos ele parou de chorar depois de cada cirurgia. "Eu sempre tento encorajá-lo dizendo que é importante recuperar sua saúde. Sempre oro com ele antes de cada cirurgia", diz Novita, que tem 40 anos. "Vê-lo feliz é minha fonte de força e alegria também".

Novita é oficial de finanças na delegacia local e precisa levar trabalho com ela quando vai visitar o hospital duas a três vezes por semana. Enquanto isso, o pai de Álvaro, Hotdiman, está procurando um novo emprego depois de deixar o último por ser muito longe de casa.

Estado Islâmico

Após o ataque, 21 pessoas foram presas, sete delas tinham ligações com o grupo do Estado Islâmico. Um deles, Juhanda bin Muhammad Aceng, de 32 anos, usava uma camiseta preta com a mensagem "Jihad Way of Life", enquanto lançava um coquetel molotov.

Ele foi condenado por planejar um ataque terrorista em 2011 e, de acordo com a polícia, esteve sob supervisão desde sua libertação em liberdade condicional em 2014. Nenhuma nova informação foi divulgada sobre o status de seu julgamento atual, mas dois dos outros extremistas - ambos adolescentes, com 16 e 17 anos - foram condenados a dois anos de prisão, em janeiro.

"Este caso abriu nossos olhos para que a agência antiterrorista possa melhorar seu programa de desradicalização", disse a legisladora Eva Sundari após o incidente. Enquanto isso, o presidente indonésio, Joko Widodo, enfatizou que o ataque seria "investigado minuciosamente".

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