Número de cristãos que mudaram de igreja cresceu durante a pandemia

O aumento da rotatividade de membros está desafiando as igrejas a acolherem e a identificarem quem ainda pertence à membresia.

Fonte: Guiame, com informações de Christianity TodayAtualizado: sexta-feira, 21 de janeiro de 2022 às 18:09
A alta rotatividade de membros está desafiando as igrejas a acolherem novos fiéis. (Foto: Instagram/Houston Northwest Church).
A alta rotatividade de membros está desafiando as igrejas a acolherem novos fiéis. (Foto: Instagram/Houston Northwest Church).

O número de cristãos que mudaram de igreja cresceu durante a pandemia da Covid-19. Segundo o Christianity Today, o aumento da rotatividade de membros está desafiando as denominações a acolherem e a identificarem quem ainda pertence à congregação.

A pandemia causou transformações em várias áreas da vida de muitas pessoas, por necessidade ou novas prioridades. Como mudar de carreira ou de residência, e começar novos relacionamentos. A vida eclesiástica também foi uma área de mudança para muitos cristãos.

“Cerca de um terço de nossa congregação que cultua pessoalmente são rostos novos”, disse o pastor Steve Bezner, ao Christianity Today. O líder da Houston Northwest Church, nos Estados Unidos, viu seu rebanho diminuir e mudar enquanto a igreja enfrentava as restrições do coronavírus. 

Hoje, 1600 fiéis participam dos cultos presenciais da Houston toda semana, incluindo centenas de pessoas na forma online. Segundo Steve, os fiéis que saíram da igreja, foram substituídos por novos membros que começaram a chegar.

Muitos dos novos participantes de Houston moram em um grande complexo de apartamentos do outro lado da rua da igreja, onde vivem, principalmente, adultos solteiros. Durante o isolamento social, eles sentiram a necessidade de se conectar a uma comunidade espiritual.

“Eles sentiram a pressão psicológica da solidão e queriam dar uma olhada. Eles queriam descobrir quem é Deus”, disse o pastor Steve.

Novos recomeços

Outra causa para a mudança de denominação foi a questão geográfica. Muitos cristãos que frequentavam igrejas distantes de onde moram, se transferiram para congregações mais próximas, a fim de se envolver mais profundamente com os irmãos de fé. 

Dylan Parker e sua esposa, da Califórnia, tomaram essa decisão durante a pandemia, em 2020. "Até a pandemia, não percebemos o preço que nos custou viver a vida em várias cidades. Já sentimos que temos uma comunidade mais próxima e mais forte aqui do que no Arkansas”, observou Parker.

O cristão acrescentou que aprecia a abordagem da nova igreja para lidar com questões difíceis que surgiram na pandemia, como justiça social. 

“Minha igreja anterior não permitia espaço para conversas que eu queria ter sobre justiça social. Cheguei a um ponto da minha vida em que precisava de espaço para responder a essas perguntas”, afirmou.

Para aqueles que estavam insatisfeitos com sua igreja, a pandemia foi um fator que impulsionou a busca por outras congregações. É o caso da cristã Elisa Hoover, de 27 anos, de Atlanta (EUA), que mudou de igreja na pandemia, após enfrentar dificuldades de relacionamento no grupo de jovens.

“Decidi começar de novo em outro lugar. Era mais fácil visitar outras igrejas durante a pandemia, e minha ausência foi menos notada na comunidade da minha igreja”, explicou a jovem.

Matt e Dara Osborn de Spring, membros da Houston Northwest Church, no Texas, acreditam que a Igreja passa por um processo de reconstrução, após a reabertura. “Algumas igrejas estão focadas na reconstrução e outras estão avançando. Nesta nova era, reabrir é como começar de novo”, avaliou Matt.

Para o cristão, esta fase de transição pode estar preparando a Igreja para uma época de grande crescimento. “Talvez Deus esteja colocando as pessoas onde elas precisam estar para que seu Reino cresça em tempos pós-pandemia”, refletiu Osborn.

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