Número de mortos em terremoto no Equador sobe para 238: "Deus, não quero morrer hoje", orou sobrevivente

Com um tremor de 7,8 graus na escala Richter, este foi o mais forte da história do país desde 1979. O abalo causou mortes nas cidades de Manta, Portoviejo e Guayaquil, todas a várias centenas de quilômetros do epicentro.

Fonte: Guiame, com informações da AFPAtualizado: segunda-feira, 18 de abril de 2016 às 13:52
"De repente, tudo estava escuro, a luz estava apagada", disse sobrevivente. (Foto: Reuters/Henry Romero)
"De repente, tudo estava escuro, a luz estava apagada", disse sobrevivente. (Foto: Reuters/Henry Romero)

Subiu para 238 o número de mortes causadas por um terremoto que atingiu o Equador no último domingo (17). A informação é do vice-presidente Jorge Glas, em entrevista coletiva, enquanto o presidente Rafael Correa retorna de viagem a Roma. Já o grupo de feridos somam 1557 pessoas.

Com um tremor de 7,8 graus na escala Richter, este foi o mais forte da história do país desde 1979. O abalo causou mortes nas cidades de Manta, Portoviejo e Guayaquil, todas a várias centenas de quilômetros do epicentro, que se deu em área escassamente povoada e 170 quilômetros ao noroeste de Quito, a capital.

Uma sobrevivente disse à BBC que a eletricidade em Guayaquil ainda é muito instável e que as linhas de telefone são ruins, enquanto outros recordaram o medo e o pânico que se iniciou quando o terremoto começou. "Eu nunca senti algo assim na minha vida, nunca mais! Porque no Equador isso não é comum. Era tão forte. Eu estava me sentindo com muito, muito medo", disse Carla Peralta em Boyaca.

"De repente, tudo estava escuro, a luz estava apagada. ‘Deus, por favor, pare com isso, porque talvez eu morra hoje’. Eu estava pensando em tudo isso como um filme", pontuou.

Outro sobrevivente, Simon Gordon, descreveu a tragédia como "uma experiência extremamente assustadora". “Eu moro em Guayaquil e foi atropelado. Cidades em torno de nós foram afetadas. Essa foi minha primeira experiência de um terremoto e eu só estou aliviado que minha esposa e família estão são todos bem. Que descansem em paz todos aqueles que passaram por essa tragédia absoluta", disse ele.

As palavras do Papa

Ainda na manhã de domingo, o Papa Francisco ofereceu suas preces aos afetados pelo grande terremoto que sacudiu o Equador e no Japão neste final de semana, "causando muitas vítimas e grande dano". O pontífice pediu aos fiéis presentes na Praça de São Pedro para que orem pelos que sofrem as consequências do tremor de 7,8 graus no país sul-americano, assim pelos que foram prejudicados pelo terremoto de 7,0 graus que atingiu o Japão no início de sábado.

"Que a ajuda de Deus e dos vizinhos dê força e apoio a essas pessoas", disse o líder católico. Cerca de 77 pessoas morreram e 570 ficaram feridas após o terremoto no Equador, que arrasou dezenas de prédios em várias cidades do país. No Japão, dois terremotos na última pessoa mataram 41 pessoas.

Japão

No Japão, dois fortes terremotos, os maiores desde o que gerou o tsunami de 2011, balançaram na quinta-feira e no último sábado (16) o Sudeste do país, e causaram pelo menos 40 mortes. Milhares de pessoas ficaram feridas, e centenas de milhares tiveram que deixar suas casas.

O último e mais forte, com 7,3 graus de magnitude na escala Richter, aconteceu na madrugada do último domingo (17), com epicentro a cerca de 10 quilômetros de profundidade relativamente perto da superfície no litoral ocidental da ilha de Kyushu, na cidade de Kumamoto.

O segundo terremoto causou pelo menos 32 mortes e deixou 2 mil feridos. A informação é do governo japonês, que destacou um contingente de 15 mil soldados para trabalhos de resgate. Um primeiro terremoto, de magnitude 7 e ocorrido na quinta-feira na mesma região, já tinha causado dez mortes e deixado 1.126 feridos em 13 municípios dos quais 171 em estado grave.

De acordo com a Agência Meteorológica do Japão (JMA, na sigla em inglês), o terremoto da quinta-feira foi o precursor e o desta madrugada o principal, ao ter tido uma intensidade 16 vezes maior. Os veículos de imprensa divulgaram imagens que atestam a magnitude do terremoto principal, como uma foto da agência "Kyodo" na qual se mostra uma descomunal falha de centenas de metros de extensão que dividiu literalmente em dois o pequeno povoado de Minamiaso.

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