"No início, iam para estudar, mas nunca voltaram porque aqui não há trabalho", lamenta Mona diante de uma imensa cruz de madeira erguida em frente à sua igreja na Cidade de Gaza.
No país, que é tido como berço do cristianismo, o número de cristãos já não passa de 52 mil, ou seja, 1,37% dos palestinos. Menos de 6% deles vivem na Faixa de Gaza, onde há uma década eram 7 mil.
A vida tem se tornado cada dia mais difícil neste pequeno território controlado pelos islamitas do Hamas, em desacordo com a Autoridade Palestina de Mahmud Abbas.
O desemprego afeta dois em cada três jovens e a economia se encontra à beira do abismo. Segundo uma pesquisa recente, um em cada dois moradores de Gaza quer se exilar, algo muito difícil devido ao bloqueio imposto por Israel e Egito.
As dificuldades sociais e econômicas não explicam por si só o êxodo dos cristãos, afirma Saad, de 50 anos. "Se nossos jovens vão aos Estados Unidos e à Europa é porque não veem aqui nenhuma oportunidade: a vida é asfixiante e o extremismo cresce", expõe.
O exílio a outro país árabe não é cogitado por causa dos "crimes do Estado Islâmico", grupo jihadista autor de múltiplas atrocidades, sobretudo contra os cristãos na Síria, Iraque e na Líbia.
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