Oito cristãos foram mortos quando um grupo islâmico invadiu uma cidade filipina no final do mês passado. O motivo das execuções foi a recusa dos homens em recitar a declaração de fé islâmica, de acordo com os funcionários do governo.
Segundo o site Morning Star News, os extremistas invadiram a cidade de Marawi (Filipinas) no dia 23 de maio. Os oito cristãos estavam entre os 19 mortos pelas mãos do grupo “Maute”, que têm ligação direta com o Estado Islâmico. Estes foram os primeiros cristãos mortos durante o ataque na capital de Lanao del Sur, província na ilha de Mindanao.
A cidade, que já abriga mais de 200 mil habitantes, viu milhares de residentes fugirem nas últimas semanas. O mesmo grupo extremista afirma que é responsável pelo sequestro de um líder cristão que apareceu em um vídeo no qual ele enumerou os nomes de outros "prisioneiros de guerra" que foram capturados pelos militantes.
Ordem de negar a Cristo
O Morning Star News informa que investigadores do governo disseram à mídia local que os oito cristãos mortos no dia 23 de maio eram trabalhadores e não haviam feito mal algum a ninguém. Eles foram detidos por dezenas de militantes.
Os investigadores ainda explicaram que os militantes amarraram as mãos dos cristãos e ordenaram que eles recitassem a Shahada, fazendo com que negassem a Cristo. Quando os cristãos recusaram, os militantes dispararam contra eles. Os militantes colocaram os corpos em uma vala com um sinal ao lado deles que diziam "Munafik", que significa traidor ou mentiroso.
Os oito cristãos não foram os únicos atirados e mortos por se recusarem a recitar o credo islâmico. O inspetor de polícia Freddie Solar, cuja religião não foi identificada, também recusou e foi baleado pelos militantes, de acordo com sua esposa.
Foi informado que na quinta-feira, pelo menos 19 civis, 39 soldados e 120 militantes foram mortos desde que o governo perdeu o controle da cidade, no mês passado. O grupo militante se formou em 2012 e prometeu oficialmente sua fidelidade ao Estado islâmico em 2015. Mas a violência do grupo aumentou drasticamente depois de uma tentativa fracassada dos militares filipinos de prender um líder extremista local com o nome de Isnilon Hapilon.
Desde que o ataque começou em Marawi (em maio), o grupo Maute queimou vários edifícios. A Associated Press relata que um porta-voz militar disse que cerca de mil moradores permaneceram presos na cidade e mais de 900 foram resgatados pelas forças governamentais.
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