Pais podem ser processados após enviarem filha para acampamento cristão, nos EUA

O casal cristão está sendo alvo de uma campanha que tenta mudar sua decisão e terá que comparecer a uma audiência em julho, por causa de uma ação apresentada pela própria tia da adolescente.

Fonte: Guiame, com informações do Christian PostAtualizado: sexta-feira, 10 de junho de 2016 às 20:37
Imagem criada para a campanha no site de doações livres 'GoFundMe'. (Foto: Save Sarah)
Imagem criada para a campanha no site de doações livres 'GoFundMe'. (Foto: Save Sarah)

Um casal cristão do Texas está sendo alvo de uma grande onda de protestos, após ter enviado sua filha de 17 anos para um acampamento cristão. A decisão foi tomada pelo casal, após a adolescente ter levado uma menina como sua acompanhante para a festa de formatura do ensino médio.

A campanha contra a decisão do casal está sendo liderada pelo ator ator Jeremy Jordan, que é primo da adolescente e está tentando fazer com o que os pais desistam da ideia de mandar a filha para o acampamento cristão.

De acordo com a estação de notícias locais 'KENS 5', a menina identificada apenas como Sarah, também está sendo apoiada por uma tia, que contratou uma advogada de Austin, Christine Andresen, do Grupo de advogados 'ACS', que é conhecido por litigar casos que envolvem questões LGBT.

Andresen disse ao jornal 'San Antonio Express-News' que ela não poderia comentar sobre o processo em curso, que já tem uma audiência agendada para julho, mas disse que os detalhes da situação em destaque na campanha que envolve um sistema de doações coletivas no site 'GoFundMe' e se tornou viral são "verdadeiras".

"Eu não posso comentar sobre litígios pendentes, a não ser confirmar que ao meu conhecimento, as informações básicas sobre no site 'GoFundMe', compartilhadas pelo primo de Sarah, são verdadeiras", disse Andresen.

Jordan está promovendo a campanha no site de doações livres 'GoFundMe', para arrecadar 100.000 dólares, que irão financiar o processo contra os pais cristãos de sua prima e, a desde a última quinta-feira (9), mais de metade do objetivo já foi alcançado.

"A todos os meus fãs incríveis, por favor, reservem um momento para nos ajudar a salvar a minha querida e doce prima lésbica, Sarah. Ela precisa da nossa ajuda e está presa contra sua vontade em um lugar terrível no Texas", disse Jordan, em um post no Facebook, em 4 de junho.

Julie Moody, porta-voz do Departamento de Família e Serviços de Proteção do Texas, disse ao jornal 'New York Daily News', que ela não poderia discutir se a agência está investigando a situação, mas disse que Sarah está em uma instalação residencial licenciada pelo Estado, chamada de 'Ministério Heartlight'.

O Ministério Heartlight, que começou em 1988 como um sonho de Mark e Jan Gregston de desenvolver um lugar de esperança para os pais que estavam enfrentando dificuldades com seus filhos adolescentes, diz em seu site que eles existem para fazer duas coisas.

"Primeiro, nós fornecemos um refúgio seguro de esperança para 56 adolescentes no nosso centro de aconselhamento residencial, localizado em Longview, Texas. Nossa atmosfera de relações cria uma arena de mudança para os adolescentes e pais perdidos em um mundo quebrado", explica o site.

"Em segundo lugar, oferecemos ajuda e orientação para os pais de todos os adolescentes com nosso programa de rádio, nossos livros, recursos, seminários e congressos ... todos dedicados a oferecer maneiras eficazes e práticas para os pais para contrariarem a influência da cultura de hoje, que está sendo exercida sobre seus filhos", acrescenta.

Patrick Von Dohlen, presidente da Associação da Família de San Antonio, disse à emissora 'KENS5' que o que os pais fizeram foi para o bem e proteção de Sarah.

"É para sua própria proteção e para o seu bem", disse Von Dohlen. "Neste caso, é natural que ela goste de garotos. Não é natural que ela goste de meninas".

A Associação da Família San Antonio é um grupo sem fins lucrativos que defende os valores da família na comunidade. Ele disse que a tia, que entrou com a ação está violando os direitos dos pais porque se Sarah ainda não tem 18 anos, a lei estadual permite que os pais a mandem para o acampamento.

"Vai custar-lhes um dinheiro e realmente vai prejudicar, impedindo-a de receber o atendimento e tratamento que ela precisa", disse Von Dohlen.

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