Pastores Fulani atacam aldeias e matam 12 cristãos na Nigéria

“Vemos que os ataques contra nossas comunidades fazem parte de um esquema destinado a nos dizimar”, disse líder cristão.

Fonte: Guiame, com informações de Morning Star NewsAtualizado: quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023 às 17:02
Cristãos foram novamente atacados na Nigéria. (Foto representativa: Portas Abertas)
Cristãos foram novamente atacados na Nigéria. (Foto representativa: Portas Abertas)

No sábado (28), pastores Fulani atacaram violentamente duas aldeias e mataram 12 cristãos. Isso aconteceu depois que as autoridades na Nigéria ignoraram os avisos de que milhares deles estavam chegando ao estado de Benue. 

O povo Fulani é composto por pastores de cabras. São muçulmanos radicais nômades que visitam vilas cristãs, principalmente durante a noite, para atacar e matar os seguidores de Jesus. 

Sua atuação na Nigéria é bem conhecida, principalmente no Cinturão Médio, onde vivem as minorias religiosas. Com isso, a situação para os cristãos nigerianos está ficando cada vez mais complicada. A Igreja tem presenciado verdadeiros crimes contra a humanidade. 

Sobre o ataque

“Os criminosos atacaram as aldeias de Ichembe e Mbaigbe, no município de Kwande, e feriram dezenas de pessoas, além de destruírem casas e plantações”, contou Michael Aondohemba, coordenador-geral da Assembleia Popular de Turan (TUPA).

“Antes deles chegarem com seu terror em nossas comunidades pacíficas, havíamos alertado as autoridades. Pedimos a intervenção das agências de segurança, mas nenhuma ajuda veio, deixando assim nosso povo indefeso e vulnerável”, ele explicou.

Joseph Asawa, um morador local, disse ao Morning Star News que entre os mortos estavam 12 cristãos: “Eles foram terrivelmente massacrados. Muitos outros cristãos foram deslocados das duas comunidades e agora estão se refugiando na cidade de Jato-Aka”. 

Para Michael, o ataque às duas aldeias não deixa dúvidas de que os criminosos planejam mais derramamento de sangue nas comunidades.

‘Esquema para dizimar cristãos’

“Estamos aflitos por ver que os Fulani continuam a aterrorizar as nossas comunidades, apesar dos alertas feitos pelos cristãos na região”, continuou Michael. 

“Vemos que os ataques contra nossas comunidades fazem parte de um esquema destinado a nos dizimar e gradualmente consolidar a anarquia”, disse ainda. Enquanto isso, as pessoas pedem socorro urgente ao governo nigeriano que tem sido incapaz de impedir a carnificina.

Entre os mortos estavam Tersugh Iorliam, Tersoo Samu, Ngolo Ndera, Ternenge Asaku e Udoji Penda. “Sete outros cristãos mortos tiveram seus corpos enviados  para o necrotério de um hospital da região”, disse ele.

Bob Tyough, que é membro da Assembleia Nacional da Nigéria, disse que comunidades cristãs inteiras estão sendo destruídas por pastores Fulani armados e outros terroristas.

‘Sem piedade em seus corações’

“A vida humana é sagrada e Deus é o Criador. Acredito que aqueles que atacam os inocentes não têm um pingo de piedade em seus corações”, observou Bob que pediu ao governo para ordenar às agências de segurança que parem imediatamente com essas atrocidades. 

“Tenho empatia pelas famílias das vítimas cristãs, pela morte de seus entes queridos e quero que se consolem com o fato de que os que morreram estão descansando com o Criador e, no tempo determinado, certamente ressuscitarão com Jesus Cristo no dia do julgamento”, continuou Bob. 

Conforme a Portas Abertas, na Lista Mundial da Perseguição 2023, a Nigéria liderou no número de cristãos mortos (5.014) e também liderou no número de sequestrados (4.726). 

Sem contar na quantidade de cristãos agredidos ou assediados sexualmente, casados ​​à força ou abusados ​​física ou mentalmente. Também teve o maior número de casas e empresas atacadas por motivos religiosos. Como no ano anterior, a Nigéria teve o segundo maior número de ataques a igrejas e pessoas deslocadas internamente.

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