A despeito da última Parada Gay e do ocorrido na PUC-SP sobre a cátedra Michel Foucault, parece que as pessoas estão se esquecendo que:
1. LAICO é o Estado, não as instituições e os indivíduos. Assim, uma Universidade, uma igreja, um partido político etc. podem defender suas ideologias e princípios dentro de um espaço democrático, PROTEGIDOS e AMPARADOS por força da Lei. Não é crime uma instituição defender seus princípios; aliás, nenhuma instituição existe sem que haja princípios a nortear suas ações. Criticar a confissão de uma ideologia ou crença é totalitarismo, não democracia.
2. Laico é o Estado, assim, as pessoas precisam compreender e aceitar a diferença entre os espaços público e privado, as propostas de cada um e envolver-se com aqueles que justificam suas próprias posições (crenças, éticas, valores morais e a própria laicidade). Entrar numa Universidade confessional (PUC, Mackenzie, Metodista, Umbandista) e depois reclamar que ela defende uma religião é tolice, estupidez da mais crassa. Há Universidades públicas e estas são laicas.
3. Laicidade não significa ateísmo. Estado laico é aquele que não advoga em favor de uma religião, mas não pode impedir a co-existência de todas as religiões. A democracia pressupõe a pluralidade e a boa convivência na diversidade.
4. Se livros caracterizam dogmas e, assim, são "obscurantistas" e "retrógrados", é preciso abolir do ensino público não só a Bíblia, mas O Capital, O Manifesto Comunista, A Riqueza das Nações, a Pedagogia do Oprimido e tantos outros livros que são a base epistemológica de qualquer forma de pensamento.
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