A tentação de ser o melhor para não precisar dar o melhor

Nossa posição diante das pessoas não pode nos roubar da melhor posição que podemos ter diante de Deus!

Fonte: Guiame, Thiago GrulhaAtualizado: quinta-feira, 17 de setembro de 2015 às 13:03
Adoração_imagem ilustrativa
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Terminei o último capítulo do Segundo livro de Samuel.

É um texto registrando erros, punições, mortes, arrependimento, perdas e restaurações. É meio triste.

Já nos derradeiros versículos, Deus, por meio de Gade, ordena que o rei Davi construa um altar e designou um lugar onde isto deveria ser feito.

Este gesto seria necessário para que a praga que já vitimava mais de 60 mil pessoas fosse interrompida.

Mesmo Davi sendo o rei, o local escolhido pelo Senhor não fazia parte das posses reais. Está fora dos seus domínios imediatos.

O altar não poderá ser levantado na beira do palácio, ou em alguma outra parte dentro das propriedades do líder da nação.

Tudo o que ele tem não serve pra nada, neste momento!

Era na eira de Araúna que a reviravolta iria começar.

Ali, seriam sacrificadas as ofertas de paz. Ali, brotaria as flores do perdão. Ali, desceria a chuva da graça. Ali, seria o marco da mudança. Ali, na terra que não pertencia ao Filho de Jessé.

Quando o rei e sua comitiva chegaram, Araúna correu ao encontro deles e ofereceu tudo o que tinha, e de graça.

Não seria preciso custo, esforço, ou sofrimento.

Bastava uma palavra do rei e tudo seria feito pelo empenho de outros.

Ele era grande o suficiente para fazer coisas pequenas sem ser censurado por ninguém.

No entanto, ele diz sua célebre e eternizada frase:

- Não oferecerei ao Eterno, meu Deus, sacrifícios que não me custem nada.

Pagou um preço justo pelo lugar. Pagou um preço justo pelo animal que seria sacrificado. Construíram um altar e adoraram ao Deus todo poderoso.

O Céu ouviu sua oração e a calamidade cessou.

Há pelo menos dois recados importantíssimos, nesta história.

Nós não possuímos tudo o que precisamos para cumprir a vontade de Deus! A vontade de Deus exige envolvimento comunitário.

Precisamos uns dos outros.

Deus levou Davi até o anonimo Araúna e era este não mais tão anônimo cidadão que tinha o que o rei precisava para adorar ao Senhor.

Este encontro deu início ao fim do caos.

Um tinha a missão de levantar o altar, o outro a de entregar seu espaço para isso acontecer!

E segundo,

Mesmo Davi tendo muito, ele não usou o seu muito para dar pouco!

Mesmo sendo grande, não fez disso uma oportunidade de oferecer coisas ridiculamente pequenas.

Ele não quis se aproveitar do seu prestígio entre os homens para facilitar seu percurso de obediência.

Ele pagou o preço! Fez o seu melhor!

Há uma tentação de sermos melhores para não precisarmos dar o nosso melhor.

Desejamos um poder que nos libere de responsabilidades que podemos transferir para outros.

Nossa posição diante das pessoas não pode nos roubar da melhor posição que podemos ter diante de Deus!

E qual é esta posição?

De joelhos! Humildemente! Em oração! Servos! Arrependidos! Quebrantados! Verdadeiros! Entregues! Em paz.

 

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