Teólogo diz que discurso da 'resistência' vem de uma "população mimada e infantil"

Clélio Monteiro diz que o discurso de 'resistência' parte do egoísmo das pessoas que não querem ter sua opinião contrariada.

Fonte: Guiame, com informações da Rede SuperAtualizado: terça-feira, 6 de novembro de 2018 às 20:23
Clélio Monteiro é professor de teologia com especialização em Estudo da Bíblia. (Foto: Reprodução)
Clélio Monteiro é professor de teologia com especialização em Estudo da Bíblia. (Foto: Reprodução)

O professor de teologia com especialização em Estudo da Bíblia, Clélio Monteiro, comentou que o Brasil tem hoje uma população muito mimada e infantil. Seu discurso se deu em um debate sobre a atitude das pessoas desgostosas com o resultado das eleições para a presidência.

Iniciando o debate, Carla Aguilar, líder da Escola de Pais ressalta: “Eu desejo de que a minha vontade prevaleça, isso é uma forma de fazer com que as pessoas olhem para mim e que vejam que eu estava certa, torcendo para que o outro esteja errado. Se não deu ou não prevaleceu a minha visão, a minha maneira de enxergar, então quero que o outro dê errado para provar que eu estava certo”, disse.

Clélio Monteiro complementa: “O centro da pessoa é a sua vontade. Nós temos uma população muito mimada, muito infantil. Política se conversa 15 dias antes da eleição. Já o resto do ano... A maioria das pessoas que deram opiniões dificilmente gastaram seu tempo para ouvir uma sessão de senado, da câmara ou um pronunciamento do supremo. Alguma coisa nesse sentido”, pontuou.

“Como podem formar opinião e saber que estão tomando a decisão correta? Tudo agora é motivo para se tomar partido”, colocou.

Ele explica que servir em um cargo político não é tão fácil como imaginam. “O funcionalismo do Estado, nós sabemos a complexidade da máquina pública. O desejo de muitos governantes e diretores é um desejo sincero, mas a nossa legislação é de uma complexidade que precisa de calma”, colocou.

“Eu até digo que o presidente não precisa fazer nada. Ele só precisa cumprir a lei que já está estabelecida e isso vai causar um estardalhaço porque nós temos o código civil e leis administrativas. Diversos mecanismos para serem cumpridos que iria dar dor de cabeça para muita gente”, explicou.

“Só uma boa administração, seja para o Governo Federal ou para o governo estadual, seria bom o suficiente para dar uma sacudida em quatro anos. Mas quando ele olha para o tamanho do problema, ele desanima e quer mudar as regras do jogo para ver se facilita a governança”, pontuou.

Sociedade sem Referência

“A sociedade brasileira hoje não tem uma referência, não enfrentou uma crise profunda até hoje e nem se recuperou. Eu acho que as coisas podem ser resolvidas dessa forma, se houvesse outro resultado”, disse.

Para finalizar, Carla Aguilar complementa: “Eu espero e creio exatamente nessa perspectiva, de orar e pedir a Deus. As nossas palavras e as nossas orações podem mover os céus. Nós podemos trazer o que está nos céus aqui para a terra. Será fácil? De modo algum. Será totalmente desafiador. Houve uma renovação significativa que está chegando e esperamos que não receba os vícios antigos. De fato, eu creio que é uma questão espiritual que faz com que o sistema nunca mude. Eu espero que tenha mudado as pessoas”.

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