"Você não deve ser mais apegado à sua pátria do que ao povo de Cristo”, diz John Piper

O pastor e teólogo John Piper alertou os cristãos que priorizam a lealdade à pátria antes da lealdade a Jesus Cristo.

Fonte: Guiame, com informações do Christian PostAtualizado: terça-feira, 7 de julho de 2020 às 12:27
John Piper em ministração na conferência Passion 2012 em Atlanta, nos EUA. (Foto: Andrew Shepherd)
John Piper em ministração na conferência Passion 2012 em Atlanta, nos EUA. (Foto: Andrew Shepherd)

Em meio às celebrações do Dia da Independência dos Estados Unidos, comemorado em 4 de julho, o pastor John Piper alertou os cristãos que priorizam a lealdade à pátria antes da lealdade a Jesus Cristo.

Em um episódio do podcast “Ask Pastor John” (“Pergunte ao Pastor John”, em português), Piper respondeu a um ouvinte sobre o patriotismo na visão bíblica. Ele acredita que ter amor pelo país é bom, pois a Bíblia permite que os cristãos tenham “afeições” a lugares ou pessoas.

“Por exemplo, Paulo diz em Gálatas 6:10: ‘Enquanto temos oportunidade, façamos o bem a todos, especialmente aos da família da fé’”, explicou Piper. “Então, é como se houvesse algo especial sobre aqueles que estão perto de você e gostam de você. Há um tipo de carinho que é diferente”.

No entanto, o pastor também disse que estes afetos devem existir “até certo ponto” e que não devemos dar a eles “lealdade absoluta”. “Nunca se sinta mais apegado à sua pátria, à sua tribo, à sua família ou à sua etnia do que ao povo de Cristo”, continuou.

“Todos que estão em Cristo, estão mais próximos e unidos a outros que estão em Cristo — não importa seus outros vínculos — do que ao nosso conterrâneo, ou membro de partido, irmão, irmã ou cônjuge”, acrescentou.

O pastor destacou que é preciso entender que “estamos mais ligados a outros cristãos — não importa sua etnia, alinhamento político ou nacionalidade — do que qualquer pessoa em nossa pátria”.

“No final, Cristo relativizou todas as alianças humanas, todos os amores humanos. Manter Cristo supremo em nossas afeições torna todos os nossos menores amores melhores, não piores”.

O patriotismo ainda é uma marca na cultura americana e tem sido fonte de debate nas igrejas. Algumas denominações, como a Primeira Igreja Batista de Dallas, no Texas, realizam um culto patriótico todos os anos para celebrar o dia 4 de julho.

Robert Jeffress, pastor sênior da Batista de Dallas, defendeu a prática, explicando que se trata de adorar o “Deus que abençoou a América” ​​e não a própria nação. 

“Acredito que não há nada de errado, de acordo com a Bíblia, em expressar gratidão a Deus por Suas bênçãos sobre o nosso país”, disse ele em 2018, em entrevista ao colunista conservador Todd Starnes.

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