China planeja exercícios militares entre 6 nações: Profecia se cumprindo?

Os exercícios expandidos conhecidos por “Paz e Amizade—2023” foram organizados pelo braço armado do Partido Comunista da China.

Fonte: Guiame, com informações da Radio Free AsiaAtualizado: terça-feira, 30 de maio de 2023 às 18:04
Soldados chineses. (Foto representativa: Flickr/Olemiswebs)
Soldados chineses. (Foto representativa: Flickr/Olemiswebs)

A China está planejando um grande exercício militar entre 6 nações, ainda este ano, conhecido como exercícios expandidos Aman Youyi-2023 (Paz e Amizade—2023) visando o engajamento e os laços de confiança mútua com parceiros do Sudeste Asiático, conforme militares chineses.

Delegações militares da China, Camboja, Laos, Malásia, Tailândia e Vietnã tiveram uma conferência de planejamento inicial para o exercício planejado em Guangzhou, na semana passada, de acordo com o Exército Popular de Libertação (PLA, na sigla em inglês).

O PLA é a principal força militar da China e o braço armado do Partido Comunista Chinês (PCC). As seis delegações “chegaram a um consenso” sobre vários tópicos, incluindo tema, data, local, antecedentes predefinidos e abordagens do exercício, disse o Comando.

Quando vai acontecer?

O anúncio no Weibo não veio com uma data, mas conforme a Radio Free Asia (RFA), fontes disseram que o exercício seria realizado em novembro.

“Esta será a primeira vez que Vietnã, Laos e Camboja participarão juntos de exercícios combinados com a China. A mídia oficial do Vietnã, que tem disputas territoriais com a China no Mar da China Meridional, não mencionou o evento”, disse a RFA em seu site. 

O Global Times da China mencionou o comentário do analista Zhuo Hua, especialista em assuntos internacionais em Pequim: “Com a participação de mais membros do Sudeste Asiático, o exercício Aman Youyi—2023 servirá como um estabilizador para a segurança regional”.

Zhuo disse que isso provou que “mais países entendem e concordam com os pontos de vista da China em segurança cooperativa, abrangente e sustentável”.

Rivalidade entre China e EUA

Outro analista, Collin Koh, da Escola S. Rajaratnam de Estudos Internacionais em Cingapura, disse que “a China sempre quis ter engajamentos militares no Sudeste Asiático que estivessem no mesmo nível dos EUA”.

“No entanto, continua sendo um jogador relativamente novo no campo da diplomacia de defesa. A escala e a profundidade de tais envolvimentos permanecem muito distantes da lista mais estabelecida de envolvimentos dos EUA”, acrescentou.

A China e o Laos acabaram de concluir um exercício militar conjunto chamado Friendship Shield—2023 (Escudo da Amizade—2023), no Laos, com uma força combinada de quase 1.000 soldados.

Em março, o Camboja e a China realizaram o exercício Golden Dragon—2023 (Dragão Dourado—2023) na província de Kampong Chhnang, no Camboja.

“Os países do Sudeste Asiático se envolvem nesses exercícios para demonstrar sua disposição de envolver a China no campo de defesa e segurança, mas isso também reflete o desejo dos países da região de exercer autonomia estratégica”, disse Collin. 

Diplomacia militar da China

“Aprimorar a cooperação militar com países, incluindo os do Sudeste Asiático, é um aspecto importante da diplomacia militar da China”, disse Song Zhongping, especialista militar chinês, segundo o Global Times.

Não está claro quantos militares de cada país participarão do Aman Youyi—2023 e quais exercícios serão realizados, conforme a RFA. O recente exercício Laos-China Friendship Shield—2023 incluiu “ataques em posições armadas em áreas montanhosas e florestais, a fim de aumentar as capacidades operacionais conjuntas no contraterrorismo e na proteção das fronteiras”, segundo a mídia estatal chinesa.

Profecias estão se cumprindo?

Especialistas em profecias bíblicas se dividem entre linhas escatológicas. Resumidamente, há aqueles que acreditam que haverá uma “guerra espiritual” e os que defendem que haverá uma “guerra literal”. 

Quando o tema é o ataque a Israel, por exemplo, não se sabe ao certo quais países vão se envolver, o que se pode perceber até o momento é que há diversos movimentos entre as nações e vários exercícios militares em curso. 

O Guiame publicou recentemente sobre o aumento dos gastos com guerras no mundo que já atingiram US$ 2 trilhões (equivalente a R$ 10 trilhões), enquanto nações clamam por paz, segurança e liberdade.  

Conforme Daniel 8.19, quando as nações lutam umas contra as outras apontam para o “tempo do fim” e conforme Jesus no Sermão do Monte, em Mateus 24, esse tempo seria marcado por vários sinais, entre eles, “guerras e rumores de guerras”. 

Há especialistas que consideram a possibilidade de uma Terceira Guerra Mundial, até mesmo a nível nuclear, mas alguns pastores descartam essa hipótese dizendo que não é isso o que a Bíblia afirma.

O pastor e teólogo Augustus Nicodemus, por exemplo, disse que “o mundo não vai acabar numa guerra nuclear”. Ele enfatizou esse pensamento através das palavras de Jesus: “Ainda não é o fim”, em Mateus 24.

“As guerras são necessárias para mostrar a nossa impotência de resolver os problemas. O homem não consegue viver em paz há mais de dois mil anos”, disse ao sublinhar que nunca houve um ano sequer sem “uma nação brigando com a outra em alguma parte desse planeta”.

“Quando eu olho para as guerras, meu coração se entristece, eu fico temeroso, mas eu sei que ainda não é o fim. Isso só prova que Jesus falou a verdade e isso mostra o quanto precisamos que Ele venha para instalar a paz verdadeira”, disse.

Nicodemus lembra que a humanidade ainda verá muitas calamidades, fomes, catástrofes naturais, terremotos e pestes. “Ele disse que tudo isso aconteceria em vários lugares e assim tem acontecido”, concluiu o pastor ao citar Jesus.

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