Durante o último ano, o cientista Günter Bechly passou de um respeitado membro da comunidade científica a um pária, perdendo sua posição como curador de museu e tendo sua página na Wikipedia removida, pelo crime de combinar fé e ciência.
Bechly é um paleontólogo especializado em história fóssil e sistemática de insetos, que acredita que a ciência e a religião podem andar de mãos dadas. “Eu não me tornei cristão apesar de ser cientista, mas por causa disso”, ele escreveu em seu site.
O cientista começou a se afastar da Teoria da Evolução em 2009, quando ele trabalhou no projeto que celebrava 100 anos da publicação “A Origem das Espécies”, de Charles Darwin. Neste processo, Bechly percebeu que evidências sobre a teoria evolutiva não estão disponíveis em muitos dos seus próprios achados em paleontologia.
Como cientista, suas teorias sofreram mudanças para se adequarem às suas observações. Em 2015, Bechly rejeitou publicamente a evolução darwiniana. “Eu sou cético sobre a teoria neodarwiniana da macroevolução e apoio da teoria do Design Inteligente por razões puramente científicas”, ele declarou em seu site.
A Teoria do Design Inteligente defende que muitas características do Universo e dos seres vivos são mais comumente explicadas por uma causa inteligente, não por um processo não guiado como a seleção natural.
A nova posição de. Bechly resultou em sua expulsão do cargo de curador do State Museum of Natural History em Stuttgartt, na Alemanha. Sua página na Wikipédia foi removida em outubro, com os moderadores questionando sua “notabilidade”. Pouco tempo depois, sua página foi retomada e hoje se encontra disponível na enciclopédia colaborativa.
Opiniões
Para Nathan Aviezer, professor de física da Universidade Bar Ilan, não é surpreendente ver a dureza com que a posição de Bechly foi tratada. “Darwin tornou-se um deus. O triste fato é que existe um suporte fanático para a teoria da evolução na comunidade científica. Eles não querem ouvir nada mais e essa não é uma abordagem científica”, disse ele ao site Breaking Israel News.
Gerald Schroeder, um estudioso da Torá com PHD em física, acredita que há um viés contra a Bíblia na comunidade científica. “Existe uma agenda na mídia para apresentar um mundo aleatório, resultante da mutação pela evolução, embora não haja evidências de que as mudanças observáveis sejam resultado de um processo aleatório”, afirma.
Para que haja um avanço, Schroeder ambos os lados do debate devem abordar diferentes estratégias. “Eu procuro encontrar a confluência entre ciência e a Bíblia, em vez de criar conflitos. A ciência e a crença eram compatíveis com a maior parte da história humana. Deus poderia ter criado o mundo em um instante, mas ele escolheu fazê-lo em um processo. A evolução é o fluxo da vida que vai do simples ao complexo, que é precisamente o processo que vemos nos seis dias da Criação”, argumenta.
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