Cineasta iraniano é condenado a seis anos de prisão e 223 chibatadas por criticar o islamismo

Fonte: Guiame, com informações do Christian TodayAtualizado: terça-feira, 3 de novembro de 2015 às 16:55
Aos 30 anos de idade, Keywan Karimi é cineasta e foi condenado pelo tribunal iraniano por "desrespeitar o islamismo".
Aos 30 anos de idade, Keywan Karimi é cineasta e foi condenado pelo tribunal iraniano por "desrespeitar o islamismo".

Um cineasta iraniano está recebendo apoio de diversos políticos europeus, após ter sido condenado a seis anos de prisão e uma punição física de 223 chibatadas, por criticar o islamismo.

Keywan Karimi tem 30 anos de idade, é um produtor de filmes, de origem curda e foi condenado pelo Tribunal Revolucionário Islâmico por "insultar entidades religiosas" em seus filmes, "propagar ideias contra o sistema dominante" e "ter relações ilícitas" (por apertar as mãos de uma mulher, que não teve seu nome citado).

Uma petição foi lançada por Stelios Kouloglou, um membro grego do Parlamento Europeu (MEP), para apoiar Karimi e 45 outros deputados do Parlamento Europeu já assinaram o documento.

Dirigida ao presidente do Irã, Hassan Rohani, a petição exige que a punição seja cancelada.

"Nós não queremos interferir nos assuntos internos do Irã", diz o documento, "mas seu país também ratificou a Declaração Universal dos Direitos Humanos (e no Pacto das Nações Unidas - Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos, de 1966)", diz o texto.

"Esta condenação está em total contradição com a Carta e, portanto, as obrigações internacionais do seu país, tanto em termos de liberdade de expressão, bem como em termos de respeito pela dignidade humana e da integridade física e moral de todos os seres humanos [...] É por isso que pedimos-lhe para agir imediatamente no exercício das suas funções, de modo que este castigo seja cancelado".

Três deputados do Reino Unido assinaram a petição, entre eles, Jean Lambert, bem como Ian Duncan e Emma McClarkin.


Saeed Abedini
O caso de Karimi não é o primeiro que evidencia o desrespeito do governo iraniano com relação à liberdae religiosa dos que vivem no país. A história do pastor Saeed Abedini também tem sido acompanhada por diversos cristãos e parlamentares norte-americanos, com outra petição a ser assinada. 

Abedini tem sofrido diversos tipos de tortura na prisão, como o uso de choques elétricos e outros métodos, deixando ferimentos graves em seu corpo.

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