O governo Obama disse na última quarta-feira (16) que está considerando responder a uma proposta da Rússia para negociações militares sobre a Síria - onde Moscou está expandindo suas forças - enquanto aviões de guerra norte-americanos conduzem ataques aéreos diários contra militantes islâmicos.
O Secretário de Estado dos EUA, John Kerry disse que ele conversou com a Casa Branca e o Pentágono sobre a proposta 'Kremlin', que foi feita durante as chamadas telefônicas com o seu homólogo russo, Sergei Lavrov, nos últimos dias.
Kerry não ofereceu detalhes da proposta, mas sugeriu que era sobre o desmembramento - assegurar que os Estados Unidos e aeronaves russas não entrarão em conflito entre si, na Síria.
Moscou e Washington dizem que seu inimigo em comum é o Estado Islâmico, cujos combatentes controlam grandes partes da Síria. Mas a Rússia apoia o governo do presidente Bashar al-Assad na Síria, enquanto os Estados Unidos dizem que aumento da presença militar de Moscou na Síria está promovendo uma "violência exagerada".
"Os russos propuseram que temos de conversar de militar para militar, para discutir o que exatamente vai ser feito para evitar conflitos com relação a quaisquer riscos potenciais que podem surgir e ter uma compreensão completa e clara quanto à estrada à frente e quais as intenções de cada um", Kerry disse a repórteres.
O Secretário de Estado disse que, embora os Estados Unidos ainda estejam considerando a proposta, ele acredita que as conversações com Moscou poderiam evitar desentendimentos.
"A Casa Branca, o Departamento de Defesa e o Departamento de Estado estão discutindo os próximos passos, com o objetivo de determinar a melhor maneira de avançar", acrescentou.
Moscou está sob pressão internacional para que explique o recente aumento de seu efetivo militar na Síria. A Rússia tem enviado de cerca de dois voos militares de carga por dia para uma base aérea em Latakia, um reduto de Assad, segundo informaram autoridades dos EUA.
Porta-aviões russo, ancorado em sua base militar na Síria.
A Rússia mobilizou cerca de 200 soldados de infantaria naval para o campo de pouso, bem como unidades de alojamento temporário, uma estação portátil de controle de tráfego aéreo, artilharia e meia dúzia de tanques, disseram as autoridades.
Na semana passada, a Rússia apelou a uma cooperação militar com os Estados Unidos para evitar "incidentes não intencionais".
Questionado se os militares dos EUA estavam preocupados sobre acúmulo russo e a possível ameaça de coalizão entre as aeronaves de ambos os exércitos, o general norte-americano Lloyd Austin - comandante das forças dos Estados Unidos na região - disse em uma audiência no Senado, na última quarta-feira que, com ambos os lados a operar no mesmo espaço "essa possibilidade é clara".
A subsecretária de defesa para a política, Christine Wormuth disse que se as forças russas começaram a realizar regularmente voos militares a partir da base, seria necessário encontrar uma maneira de coordenar os movimentos.
"Nós teríamos, eu imagino, a necessidade de criar algum tipo de mecanismo de desmembramento para que possamos continuar a nossa campanha de contra o Estado Islâmico por lá", disse ela.
Segundo Kerry, Lavrov comunicou que a Rússia estava focada em lutar contra o Estado islâmico na Síria, mas acrescentou que ele "não estava demonstrando isto, de fato", porque os tipos de aviões e equipamentos que Moscou tinha enviado para a região levantaram questionamentos.
Washington vem pressionando Moscou para ajudar com uma transição política na Síria, que faria com que Assad entregasse o poder a um órgão de governo interino. Mas a escalada militar de Moscou tem complicado esses esforços.
Kerry disse que se fosse verdade que a Rússia está focada no combate ao Estado islâmico na Síria e que há uma maneira de cooperar, "então ainda há um caminho a seguir para tentar chegar a uma negociação política".
Profecia
Acordos de Paz desta magnitude são geralmente apontados por estudiosos de Escatologia como "sinais proféticos" do fim dos tempos.
Em algumas interpretações bíblicas formuladas por teólogos, a conclusão deste acordo envolvendo a união dos Estados Unidos e Rússia contra o Estado Islâmico na Síria pode preceder os conhecidos "3 anos e meio" de perseguição religiosa.
Acordo nuclear
Outro importante acordo também está em votação, envolvendo o governo Obama e mais cinco grandes potências mundiais.
A aprovação deste pode suspender as sanções econômicas, impostas ao Irã, em troca da redução dos processos de enriquecimento de urânio - o que tem gerado grande tensão e temores de uma possível guerra nuclear.
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