Cristãos mantêm a fé diante de ataques na Síria: “Se eu morrer, tenho esperança na eternidade”

Cristãos estão reagindo com fé diante do ataque químico na Síria que matou ao menos 86 pessoas, entre elas 30 crianças.

Fonte: Guiame, com informações de The Christian PostAtualizado: sexta-feira, 7 de abril de 2017 às 14:29
Homem carrega o corpo de uma criança morta após ataque químico em Khan Sheikhoun. (Foto: Ammar Abdullah/Reuters)
Homem carrega o corpo de uma criança morta após ataque químico em Khan Sheikhoun. (Foto: Ammar Abdullah/Reuters)

Cristãos estão reagindo com fé diante do ataque químico na Síria que matou ao menos 86 pessoas na última terça-feira (4), na Síria. Entre os mortos estavam 30 crianças e 20 mulheres, de acordo com o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).

Segundo um representante da organização missionária Voice of the Martyrs (Voz dos Mártires, em tradução livre), a mensagem da Palavra de Deus tem confortado a população síria neste momento de caos.

"Acredito que, no final das contas, o Evangelho sempre acaba trazendo esperança em meio ao sofrimento. Mesmo que eu seja morto nesta Terra, tenho a esperança da eternidade e de um futuro com Jesus”, disse Todd Nettleton ao site Mission Network News. “Em situações de desespero, tudo o que resta é a esperança de que teremos uma eternidade no céu”.

O ataque químico atingiu a cidade de Khan Sheikhoun, liderada por rebeldes na província de Idlib. Segundo a (OSDH), um "gás tóxico" foi liberado após um ataque aéreo no reduto, resultando em quadros graves de problemas respiratórios, vômitos e desmaios entre os civis.

“Muitas das vítimas eram crianças e houve ataques nas clínicas onde os feridos estavam sendo tratados”, relata Nettleton. “Foi realmente um ataque hediondo. Espero que o mundo preste atenção e tente fazer algo para ajudar o povo sírio”.


Criança síria recebe tratamento após suspeita de ataque com arma química em Khan Sheikhun. (Foto: Mohamed al-Bakour/AF)

Resposta americana

Enquanto o presidente sírio Bashar al-Assad permanece negando a responsabilidade pelo ataque, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tomou uma ação rápida e lançou 59 mísseis Tomahawk contra uma base aérea na Síria, na noite desta quinta-feira (6).  

Nove aeronaves militares sírias teriam sido destruídas, segundo a imprensa russa. O Exército sírio diz que 6 pessoas morreram, mas não indica se as vítimas são civis ou militares.

Antes deste ataque, os EUA lideravam uma coalizão contra grupos terroristas na Síria desde 2014. Mas esta é a primeira vez que as operações foram contra as forças do governo do país.

Os ataques aéreos dos EUA foram condenados pela Rússia e classificados pelo presidente Vladimir Putin como uma "agressão a um Estado soberano" nesta sexta-feira (7). A Rússia tem negado que o governo sírio foi o responsável pelo ataque químico, alegando que as forças sírias bombardearam um depósito de armas dos rebeldes.

Donald Trump disse que o mundo precisa enfrentar um “ditador” como Assad, a quem ele acusou nesta quinta-feira de usar as armas químicas para tirar vidas inocentes.

“Esta noite chamo todas as nações civilizadas para buscar um fim à matança e ao banho de sangue na Síria”, disse ele em seu discurso. Segundo Trump, "é de vital interesse da segurança nacional dos Estados Unidos prevenir e deter o uso de armas químicas mortais."

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