Depois de ser baleado por erro da polícia, vídeo mostra adolescente em clamor a Deus

“Era para eu ir para o Bangu ontem, fazer os meus testes. No caso, eu estava trabalhando no Mate para conseguir o dinheiro do meu teste e do meu terno da igreja, porque eu sou obreiro”, conta o rapaz baleado por erro dos PMs.

Fonte: Guiame, com informações de BandAtualizado: quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015 às 17:52
Chaun Jambre de 19 anos, baleado por um erro policial na comunidade da Palmeirinha, em Honório Gurgel, na zona norte do Rio de Janeiro.
Chaun Jambre de 19 anos, baleado por um erro policial na comunidade da Palmeirinha, em Honório Gurgel, na zona norte do Rio de Janeiro.

 

Mais um erro policial termina com um adolescente morto e um jovem baleado na comunidade da Palmeirinha, em Honório Gurgel, na zona norte do Rio de Janeiro. O vídeo, gravado no celular da vítima fatal, mostra momentos agonizantes dos adolescentes, onde um deles clamou por Jesus Cristo para livrá-lo da morte – e, de fato, sobreviveu. 

Faltava luz na região na madrugada do último sábado (21) e quatro adolescentes, sentados em bicicletas, se distraíam contando piadas. Allan Souza de Lima, de 17 anos, gravava o momento com o celular. Em meio as brincadeiras, um dos meninos fugiu e os outros correram atrás. Poucos segundos depois, é possível ouvir uma sequência de tiros.

Allan, que segurava o celular, foi atingido por dois disparos no abdômen, caiu e morreu no local. Enquanto isso, a filmagem mostra Chaun Jambre de 19 anos, também baleado, clamando a Deus por sua vida.

“Espírito Santo de Deus me ajuda. Ô Senhor, me ajuda, Jesus”, o rapaz dizia.

Na filmagem, o policial aparece e questiona: “Vocês correram porque?”. Chauan se justifica e continua orando. “Não, a gente tava brincando, senhor. Pai, me ajuda por favor. Me ajuda.”

Depois de ficar 3 dias internado, Chauan foi para a cadeia com a bala ainda alojada no peito, acusado de estar envolvido em um “tiroteio”, relatado pelos policiais. O adolescente foi liberado por habeas corpus.

“Era para eu ir para o Bangu ontem, fazer os meus testes. No caso, eu estava trabalhando no Mate para conseguir o dinheiro do meu teste e do meu terno da igreja, porque eu sou obreiro”, conta o rapaz.

As imagens, gravadas por celular, revelam que não houve confronto e que os disparos foram feitos pelos PMs, mesmo sem reação das vítimas.

 

Assista:

 

 

 

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