O Estado Islâmico está ensinando aos aspirantes a militantes do grupo que eles devem matar e devorar os prisioneiros que eles capturarem, caso os alimentos se tornem escassos.
A mídia britânica está relatando que a Fundação Quilliam - uma organização contra-extremista, fundada por três ex-membros do grupo islâmico radical Hizb ut-Tahrir - descobriu um livreto do Estado Islâmico (também conhecido como ISIS, ISIL ou Daesh) em centro de treinamento militante que o EI usaria como um guia para os novos jihadistas.
O livreto incluído no manual do currículo, segundo relatos, é uma seção que fornece justificativa (até mesmo religiosa) para o canibalismo.
O Daily Mail relata que o manual também detalha as partes do corpo que devem ser consumidas e como os restos humanos devem ser preparados e cozidos.
"Encontramos o currículo que o Estado Islâmico usa para doutrinar seus combatentes e a população local em áreas sob seu controle", disse Haras Rafiq, CEO da Quilliam, ao Daily Record. "Há todo tipo de coisas lá, mas uma das mais horríveis é uma seção sobre canibalismo que eles estão ensinando nas salas de aula".
"Eles estão tentando usar um argumento teológico para dizer que o canibalismo possa ser praticado quando não houver comida durante um tempo de jihad", continuou. "Eles dizem que se não houver suprimentos, é permitido matar uma pessoa não-muçulmano ou um muçulmano que não segue os ideais extremistas do Estado Islâmico".
Rafiq, que se identifica como muçulmano, disse à imprensa que a justificativa do canibalismo é "revoltante".
"Essas opiniões sobre canibalismo não são dominantes sobre o geral, mas estão ganhando força", explicou Rafiq. "É algo novo vê-los defender o canibalismo, pois eles estão usando o salafismo - uma teologia fundamentalista e um islamismo político para justificar suas opiniões".
Atrocidades
Esta não é a primeira vez que o Estado Islâmico tem sido associado a acusações de horripilante canibalismo.
Uma série de relatórios citando casos em que os combatentes do Estado Islâmico mataram reféns não-muçulmanos e deram os restos mortais para alimentar os membros da família da vítima.
Em março de 2015, foi relatado que uma mãe curda viajou para a sede do Estado Islâmico em Mosul (Iraque), para implorar aos militantes do grupo terrorista que libertassem seu filho - um soldado curdo.
Quando ela chegou a Mosul, os militantes do EI a trataram com grande hospitalidade. Disseram-lhe para se sentar e deram-lhe um prato de sopa, com carne cozida e arroz, sabendo que ela tinha viajado um longo caminho.
Depois que terminou a refeição, ela exigiu ver seu filho. No entanto, ela foi informada pelos militantes de uma maneira cruel, que aos risos disseram: "Você acabou de comê-lo".
Em outubro de 2015, também foi relatado que militantes do Estado Islâmico alimentaram uma mãe Yazidi capturada com os restos mortais de seu próprio filho de 3 anos de idade.
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