Estado Islâmico envia partes dos corpos de meninas mortas à família

O relato é parte de uma série de testemunhos chocantes, compartilhados durante o congresso internacional sobre liberdade religiosa '#WeAreN2016' ('#NósSomosN2016').

Fonte: Guiame, com informações do Christian PostAtualizado: quarta-feira, 4 de maio de 2016 às 15:55
A iraquiana Yazidi, Nadia Murad Basee, de 21 anos, se emociona ao compartilhar seu testemunho aos membros do  Conselho de Segurança dos Estados Unidos. (Foto: Reuters)
A iraquiana Yazidi, Nadia Murad Basee, de 21 anos, se emociona ao compartilhar seu testemunho aos membros do Conselho de Segurança dos Estados Unidos. (Foto: Reuters)

Histórias terríveis do genocídio em curso que está sendo praticado pelo grupo terrorista Estado Islâmico contra os cristãos e outras minorias religiosas foram compartilhadas em uma conferência, realizada em Nova York na semana passada. Um desses relatos revelou que um casal recebeu partes do corpo de suas filhas mortas, juntamente com um vídeo, que registrou cenas delas sendo estupradas e torturadas.

A Agência 'Catholic News' descreveu as histórias compartilhadas por ativistas de direitos humanos no congresso internacional sobre a liberdade religiosa '#WeAreN2016' ('#NósSomosN2016') como "brutais e crus".

"Há o testemunho de um casal, cujos filhos tinham sido capturados por militantes do Estado Islâmico. Quando eles atenderam à campainha em sua casa um dia, eles encontraram um saco plástico em frente à sua porta. Ele continha partes dos corpos de suas filhas e um vídeo que mostrava elas sendo estupradas e torturadas", descreveu um relatório.


Opressão e violência
Outro relato informou que lutadores do Estado Islâmico em Mosul e Iraque chegaram à casa de uma mulher cristã, ameaçando-a e exigindo que ela saísse de sua casa ou pagasse o imposto (chamado 'jizya'). Antes que a mulher pudesse sair de casa com sua filha, que estava no chuveiro, os militantes incendiaram a casa, queimando a filha viva.

A menina teria morrido nos braços de sua mãe e suas últimas palavras foram "Perdoa-lhes".

Samia Sleman, uma adolescente Yazidi de 15 anos de idade, falou sobre os seis meses que passou em um cativeiro do Estado Islâmico, revelando que existem milhares de mulheres e meninas sendo mantidas como escravas sexuais dos extremistas. Os jihadistas chegam a estuprar meninas de 7 anos de idade e as forçam a se converter ao islamismo.

"Por que essas crianças inocentes e essas pessoas inocentes sofrem tanto naquela região?", questionou Sleman.

"Por que não vemos qualquer atitude sendo tomada? Por mais de um ano e meio temos visto coisas horríveis acontecendo conosco, as minorias, especialmente com os yazidis e os cristãos daquela região e não vemos a comunidade internacional a adotando medidas concretas contra o Estado islâmico".

O Departamento de Estado dos Estados Unidos, a Câmara dos Representantes britânicos e o Parlamento da União Europeia têm reconheceram últimos meses que os cristãos Yazidis e outras minorias têm sido alvos de um genocídio no Iraque e Síria, mas as vítimas estão dizendo que ações específicas precisam ser adotadas.

O congressista Jeff Fortenberry, de Nebraska, disse em uma palestra durante um evento do Conselho de Pesquisa da Família na semana passada que a resolução de genocídio, que ele liderou e foi aprovada pela Câmara de Representantes dos EUA por um voto de 393-0, cria uma porta de entrada para novas considerações políticas.

"Se um grupo de pessoas pode exterminar outra em nome da assim chamada religião, o mundo não tem esperança", alertou.

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