Estado Islâmico faz aliança com Al-Qaeda e intensifica ameaças aos cristãos

As organizações terroristas se uniram no sul da Líbia para realizar mais ataques no país, que já foi palco de diversos casos de perseguição aos cristãos.

Fonte: Guiame, com informações de Christian TodayAtualizado: terça-feira, 7 de março de 2017 às 13:12
21 cristãos coptas foram decapitados na Líbia, em fevereiro de 2015. (Foto: Reprodução)
21 cristãos coptas foram decapitados na Líbia, em fevereiro de 2015. (Foto: Reprodução)

Os grupos terroristas Estado Islâmico (EI) e Al-Qaeda formaram uma aliança no sul da Líbia para avançar os ataques no país, conforme anunciou o ministro da Defesa da Líbia, Mahdi Barghathi.

"O EI e a Al-Qaeda nunca se atacaram aqui e agora temos provas de que estão cooperando ativamente", disse Barghathi ao jornal britânico The Telegraph. "A Al-Qaeda está fornecendo logística e apoio para ajudar o EI a reagrupar e lançar ataques".

O chefe de defesa da Líbia também revelou que Mokhtar Belmokhtar, ex-comandante militar da Al-Qaeda no Magrebe (região noroeste da África), está liderando os combatentes do EI que sobreviveram aos ataques das forças líbias na cidade de Sirte, no ano passado.

Embora as forças líbias tenham considerado a morte de Belmokhtar em um ataque aéreo no ano passado, seu corpo não foi recuperado. O líder da Al-Qaeda é conhecido por ter chefiado um ataque a uma usina de gás na Argélia, em 2013, no qual 37 reféns foram mortos.

A aliança entre os dois grupos terroristas poderia sinalizar uma perseguição ainda mais intensa contra os cristãos da Líbia.

Em janeiro de 2016, dezenas de cristãos egípcios teriam ficado presos na Líbia por causa do bloqueio das estradas que conectam o país ao Egito, bloqueadas pelo EI. Segundo a organização International Christian Concern, mais de 30 cristãos coptas haviam viajado para a Líbia para trabalhar e garantir o sustento de suas famílias no Egito.

O Estado Islâmico costuma reforçar em suas mensagens a intenção de eliminar todos os cristãos dos territórios que controla. Sua ideologia foi aplicada quando 21 cristãos coptas foram decapitados na Líbia, em fevereiro de 2015 — ato considerado uma das maiores execuções em massa de cristãos registradas por uma câmera.

No ano passado, o patriarca da Igreja Ortodoxa Copta, Teodoro II de Alexandria, nomeou oficialmente os 21 coptas como mártires da igreja.

"Esses homens pagaram o preço e nos entregaram a causa de defender todos os perseguidos. Eles também nos mostraram que existe um nível de maldade que todos nós devemos estar em contra, e um nível de coragem e fidelidade que todos nós devemos seguir", disse Amba Angaelos, bispo geral da Igreja Ortodoxa Copta no mês passado.

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