Apesar da aparência 'inocente', é possível ver figuras claramente associadas ao Estado Islâmico, como a bandeira preta oficial do grupo (à esquerda) e um míssel (à direita), sendo usados para ensinar o alfabeto árabe ás crianças. (Imagem: captura de tela / India TV News)
O Estado Islâmico criou um aplicativo para crianças, com o objetivo não só de ensiná-las mais sobre o idioma árabe, mas sim fazer isso usando exemplos como armas, tanques e canhões.
O aplicativo de smartphone 'Huroof' - que significa 'alfabeto' ou 'letras' em árabe - foi promovido pelo departamento de propaganda 'Library of Zeal' ('Bibliotece de Zelo), ligado ao grupo terrorista. O programa promete "ensinar as letras do alfabeto aos filhos do califado".
O aplicativo é apresentado em cores brilhantes com desenhos animados de balões e flores. No entanto, a aparência inocente disfarça os temas militaristas, espalhados por todo o método do programa.
Um tanque é usado para apresentar e letra árabe "dal"; uma arma é utilizado para apresentar a letra "BA" e a letra "TA" é ilustrada com uma bala [munição]. Foguetes, canhões e espadas também são utilizados nessa "pedagogia".
Caleb Weiss, que primeiramente relatou o aplicativo para o jornal 'Long War', disse que as músicas e jogos usados como auxiliares para o ensino são "repletos de terminologias jihadistas".
O aplicativo foi divulgado com um comunicado de imprensa, usando capturas de tela do programa e links para downloads. Ele apareceu em mensagens do Estado Islâmico na última terça-feira (10) e parece só estar disponível para download em dispositivos Android.
O aplicativo do Estado Islâmico é destinada primeiramente a crianças, mas o grupo também tem usado frequentemente outros aplicativos para promover suas mensagens e propagandas.
A aparência mais suave deste programa marca um forte contraste com compromisso prévio do EI com as crianças em sua propaganda. Ele tem usado os garotos como em ataques suicidas e também chegou a expor crianças participando de execuções em vídeos.
Muitos dos refugiados que fogem da violência do grupo terrorista têm descrito que seus filhos passaram por uma 'lavagem cerebral' e que o Estado Islâmico se refere aos pequenos como "filhos do Califado".
Os pais também relataram que seus filhos têm sido enviados para casa com bonecas brancas vestidos com macacões alaranjados - semelhantes aos dos reféns executados - para treinar os trabalhos de execução em casa.
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