Estado Islâmico teria tentado recrutar jovens brasileiros, segundo investigações

o interesse do Estado Islâmico no Brasil é a possibilidade de aumentar o número de militantes em países que não se situam no Oriente Médio e alcançar a América do Sul.

Fonte: Guiame, com informações do Zero HoraAtualizado: segunda-feira, 23 de março de 2015 às 20:27
O Estado Islâmico tem buscado ampliar seu espectro de militantes fora do Oriente Médio, alcançando continentes como a Europa e, agora, a América do Sul.
O Estado Islâmico tem buscado ampliar seu espectro de militantes fora do Oriente Médio, alcançando continentes como a Europa e, agora, a América do Sul.

A organização terrorista Estado Islâmico teria tentado recrutar jovens brasileiros, segundo investigações dos setores de inteligência do Governo Federal. As informações do são d'O Estado de S. Paulo.

Os jovens brasileiros recrutados iriam integrar uma outra categoria de militantes, classificada como "lobos solitários". A categoria se define por seus terroristas não estarem relaciondos em listas internacionais e também por atuarem com mais mobilidade para realizar atentados em diferentes países.

Segundo o jornal, o Palácio do Planalto teria recebido relatórios diferentes órgãos, com alertas sobre a questão. A principal preocupação da Casa Civil atualmente é com relação às Olimpíadas de 2016 - evento que irá reunir pessoas de diversas partes do mundo no Rio de Janeiro, ano que vem.

Apesar de o Brasil não ter um histórico de atividades terroristas, os órgãos investigativos alertaram que o interesse do Estado Islâmico no Brasil é a possibilidade de aumentar o número de militantes em países que não se situam no Oriente Médio e alcançar a América do Sul. Atualmente, a maioria deste espectro localiza-se na Europa.

Pelo menos 10 brasileiros já foram identificados como internautas que atuam como representantes do Estado Islâmico nas mídias sociais.

No mês passado, policiais europeus já teriam visitado o Brasil para troca de informações com o governo federal.

Segundo o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o Legislativo já poderia votar rapidamente uma lei específica de combate ao terrorismo.

"Não vejo problema de debater e votar qualquer mudança de legislação com celeridade", disse Cunha.

Já a Polícia Federal e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) apontaram para a falta de instrumentos legais para reprimir o terrorismo no Brasil como um fator que dificulta o controle da entrada do Estado Islâmico no país.

Há 22 anos, o Congresso Nacional analisa propostas sobre o tema, mas os projetos não têm ganho prioridade. Isto aconteceria, provavelmente pelo fato de o terrorismo ainda não fazer parte de uma realidade presente no país.

Arquivo
O Estado Islâmico tem chocado o mundo com a produção / publicação de vídeos sangrentos, nos quais cristãos são decapitados por não negarem sua fé em Jesus Cristo.

A execução de 21 cristãos coptas no começo de fevereiro estimulou a criação de uma campanha de 40 Dias de Oração pela Igreja Perseguida, que vem ganhando força nas mídias sociais, com o uso das hashtags "#povodacruz" e "#EuFaçoParte".

A perseguição / intolerância religiosa tem sido uma das principais estratégias do Estado Islâmico para intimidar pessoas em todo o mundo, tentando mostrar que seus militantes são capazes de qualquer coisa para alcançarem seu objetivo: a formação de um califado, no qual somente a fé islâmica pode ser declarada.

 

 

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