Família israelense encontra 'tanque' usado para ritos judaicos, de cerca de 2.000 anos em sua casa

A descoberta dá mais provas para embasar o que alguns arqueólogos já suspeitavam: a possível existência de uma comunidade judaica no bairro de Ein Kerem (onde se localiza a casa), durante os tempos relatados pelos evangelhos.

Fonte: Guiame, com informações do Christian Head LinesAtualizado: sexta-feira, 3 de julho de 2015 às 13:58
O 'tanque' foi encontrado por Oriah Shimshoni e seu marido, Tal, durante uma reforma em sua casa.
O 'tanque' foi encontrado por Oriah Shimshoni e seu marido, Tal, durante uma reforma em sua casa.

Uma família israelense teve uma grande surpresa quando, durante a reforma de sua casa em Jerusalém, encontrou uma 'mikvá' (tipo de 'tanque' usado em rituais judaicos) que teria cerca de 2000 anos de existência.
 
A descoberta dá mais provas para embasar o que alguns arqueólogos já suspeitavam: a possível existência de uma comunidade judaica no bairro de Ein Kerem (onde se localiza a casa), durante os tempos relatados pelos evangelhos.
 
Acredita-se que João Batista teria nascido nesse bairro, que posteriormente tornou-se um local de peregrinação popular e lar de vários mosteiros e igrejas.
 
Na última quarta-feira (1º de Julho), a Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA) mostrou brevemente o o local descoberto aos jornalistas e premiou os proprietários, Oriah Shimshoni e seu marido, Tal, com um certificado de apreciação por relatarem a descoberta e terem 'contribuído para o estudo da Terra de Israel'.
 
Relatar um achado arqueológico em sua propriedade - algo que acontece com bastante frequência em Israel - pode ser um processo perturbador quando os arqueólogos do estado sentem que é necessário fazer uma escavação no local.
 
A 'mikvá' de 3,50 metros por 2,44 foi descoberta ainda em bom estado de conservação. Uma escada de pedra leva ao fundo da piscina para imersão.
 
"É meticulosamente rebocada e escavada na rocha, de acordo com as leis judaicas de pureza", disse a IAA.
 
Vasos de cerâmica que datam do primeiro século e vestígios de fogo que possam constituir indícios da destruição do Templo de Jerusalém foram descobertos dentro da banheira. Além disso, fragmentos de vasos de pedra - comuns durante o período - também foram encontrados.
 
Uma micvá é um tipo de piscina de água - algumas delas com uma fonte natural - na qual as mulheres judias casadas eram obrigados a mergulhar uma vez por mês, sete dias após o fim do seu ciclo menstrual.

O arqueólogo Amit Re'em disse que a descoberta é importante porque, até agora, os restos arqueológicos em Ein Kerem eram 'poucos e fragmentados'.
 
"A área também é importante para os cristãos, porque é onde João Batista nasceu e onde sua mãe grávida, Elizabeth, reuniu-se com Maria, mãe de Jesus", disse Amit.

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