"Foi um banho de sangue", diz testemunha do ataque à casa de shows, em Paris

Um repórter francês esteve dentro da casa de shows 'Bataclan' e presenciou o ataque, que fez o maior número de vítimas na última sexta-feira (13), em Paris.

Fonte: Guiame, com informações do BlazeAtualizado: sábado, 14 de novembro de 2015 às 14:40
Policial acompanha vítima do ataque à casa de shows 'Bataclan', em Paris. (Foto: Reuters)
Policial acompanha vítima do ataque à casa de shows 'Bataclan', em Paris. (Foto: Reuters)

Um repórter da rádio francesa que estava dentro da casa de shows 'Bataclan' deu um relato aterrorizante à CNN sobre os momentos em que homens mascarados entraram e dispararam aleatoriamente contra a multidão, com armas automáticas.

"De onde eu estava, vi dois terroristas com fuzis AK-47, entrando na sala de concerto e atirando aleatoriamente contra a multidão", disse Julien Pearce. "As pessoas gritavam bastante".

Pelo menos 87 jovens morreram, somente no ataque à casa de shows, que teve ligação com outras ações terroristas em pontos distintos da cidade. As informações são de que 127 pessoas morreram ao total.

Pearce disse à CNN que na sala de apresentações da casa de shows, os pistoleiros recarregavam suas armas por várias vezes, aparentando uma certa frieza.

"Isto durou cerca de 10 minutos. 10 minutos horríveis, em que todos estavam no chão, cobrindo suas cabeças", disse ele. "Nós ouvimos tantos tiros. E os terroristas estavam muito calmos ... recarregavam de três a quatro vezes as suas armas. Eles estavam mascarados e vestindo roupas pretas".

"Eles atiravam nas pessoas que estavam no chão. E eu estava felizmente na parte superior do palco. Então, as pessoas tentaram escapar ... e eu encontrei uma saída, enquanto os terroristas recarregavam suas armas. E eu subi no palco e encontrei uma saída", disse Pearce. "Quando eu saí às ruas, vi de 20 a 25 corpos deitados no chão. E muitas pessoas estavam feridos com ferimentos de bala".

Pearce disse que encontrou uma menina ferida e a ajudou a ficar em segurança.

"Eu ajudei uma pequena menina, adolescente. Ela estava sangrando bastante", disse ele à CNN. "E eu corri com ela por cerca de 200 metros e achei um táxi".

Ele acrescentou que alguns de seus amigos ainda estavam dentro da casa de shows e estavam aterrorizados.

"Eu tenho alguns amigos que ainda estavam lá dentro ... que estavam se escondendo ... eles estavam escondidos em algum tipo de ambiente no escuro. Eles me enviaram mensagens de texto e estavam com muito medo", disse ele. "Foi um banho de sangue".

O grupo terrorista Estado Islâmico e já se pronunciou, reivindicando a autoria dos ataques, que seriam uma "resposta" à participação da França nas ações militares contra o EI na Síria.

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