“Foi um milagre”, diz marido de jovem que foi mantida viva para dar à luz gêmeos

Frankielen foi mantida viva até o sétimo mês de gestação, para os bebês serem salvos. Com a fé do marido, amigos e familiares, que são evangélicos, cada minuto foi comemorado como um milagre.

Fonte: Guiame, com informações de G1Atualizado: quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017 às 14:04
Jovem tinha 21 anos e estava no segundo mês de gestação quando teve hemorragia cerebral (Foto: Reprodução/Facebook)
Jovem tinha 21 anos e estava no segundo mês de gestação quando teve hemorragia cerebral (Foto: Reprodução/Facebook)

Frankielen Zampoli estava grávida de gêmeos quando sofreu uma hemorragia no cérebro. Com 21 anos, a jovem foi mantida viva durante os meses seguintes de gestação mesmo depois da morte cerebral, para salvar os dois bebês que nasceram na última segunda-feira (20).

A decisão de mantê-la viva partiu da família e dos médicos do Hospital Nossa Senhora do Rocio, em Curitiba, no Paraná. Para eles, o nascimento de Azaphi e Ana Vitória é resultado de uma obra divina.

“Foi um milagre. O próprio médico falou que 'médico crê na medicina', mas ele acredita que foi um milagre de Deus. Foi mais milagre ela gerar os bebês do que ela acordar”, disse Muriel Padilha, marido da jovem, de acordo com o site Massa News.

Frankielen chegou ao hospital com dois meses de gravidez e uma grave hemorragia no cérebro. Três dias depois, os médicos constataram sua morte cerebral. Na ocasião, a equipe médica decidiu manter o corpo da mãe funcionando para que os dois bebês pudessem se desenvolver.

"Nós precisávamos manter a pressão adequada da mãe, a oxigenação adequada e manter todo o suporte hormonal e nutricional dela", explica o médico Dalton Rivabem.

Com a fé do marido, amigos e familiares, que são evangélicos, cada minuto da gravidez era comemorado como um milagre. Frankielen era monitorada 24 horas por dia por médicos, enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas e outros profissionais da saúde.

Gestos de amor

O principal desafio, contam os médicos, era fazer com que os bebês sentissem o afeto que a mãe não podia dar. Para isso, família e equipe acariciavam a barriga, conversavam e cantavam para os bebês.

"Nós trouxemos canções para as crianças: canções de crianças, canções improvisadas, canções que nós fizemos exclusivamente para elas. A UTI ficou cheia de músicas de amor e afeto", conta a musicoterapeuta e capelã Érika Checan, que é pastora na Primeira Igreja Batista de Curitiba.

Érika lembra que uma das canções repetidas aos bebês era a música “Ele Continua Sendo Bom”, que faz parte do álbum “Graça Para Ninar”, do cantor Paulo César Baruk. “[Essa música foi] cantada e tocada tantas vezes nessas últimas semanas”, disse ela nas redes sociais.

Frankielen ficou cercada de carinho durante os sete meses de gravidez e até os médicos não poderem mais esperar. Os bebês nasceram com a saúde compatível com a de prematuros dessa idade.

"A gente nunca se prepara para perder um filho. A dor de perder um filho é muito grande. Para uma mãe, é a pior dor. Ela foi guerreira até depois da morte, conseguiu dar vida aos filhos dela. Vê-los, agora, é lindo", diz a mãe de Frankielen, Ângela Silva.

Os bebês estão atualmente isolados por causa do risco de infecção. Ana Vitória, que nasceu com um 1,4 quilo, é um pouquinho maior do que o irmão Azaphi, que veio ao mundo com 1,3 quilo. Os médicos avaliam que ainda é cedo para dizer como eles vão se desenvolver e se ficou alguma sequela.

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