Forças de segurança dos EUA temem novos ataques terroristas no Dia da Independência (04 de julho)

Segundo o Secretário de Segurança Interna Jeh Johnson disse neste domingo, ele não está desestimulando as pessoas a participarem de eventos do Dia da Independência, mas alertou que todos devem 'permanecer vigilantes' e que relatem qualquer atividade suspeita.

Fonte: Guiame, com informações do Christian TodayAtualizado: terça-feira, 30 de junho de 2015 às 18:32
Residência do embaixador dos EUA na França recebeu decoração especial para o Dia da Independência em 2014
Residência do embaixador dos EUA na França recebeu decoração especial para o Dia da Independência em 2014

Em uma mensagem de alerta, emitida em conjunto pelo FBI, o Departamento de Segurança Interna e o Centro Nacional Anti-terrorismo, todos os agentes da lei dos EUA foram instruídos 'a se manterem vigilantes e preparados' à frente do próximo feriado de 04 de julho (Dia da Independência dos Estados Unidos). Há suspeitas de que ataques terroristas estejam sendo planejados simultaneamente, de modo semelhante ao ocorreu recentemente na França, Tunísia e Kuwait.

Segundo o Secretário de Segurança Interna Jeh Johnson disse neste domingo, ele não está desestimulando as pessoas a participarem de eventos do Dia da Independência, mas alertou que todos devem 'permanecer vigilantes' e que relatem qualquer atividade suspeita.

Ele disse que as autoridades vão implementar novas medidas de segurança, algumas das quais não estarão visíveis para o público.

O Presidente da Segurança Interna, Mike McCaul também aconselhou os americanos a não descartar o aviso do governo. Em declarações ao noticiário 'Fox News Sunday', McCaul revelou que 'há uma grande dose de conversa, um volume alto' na rede de comunicações terroristas.

Ele ressaltou que um porta-voz do Estado Islâmico apelou à jihad durante o mês islâmico do Ramadã atual, que coincide com o aniversário de um ano do estabelecimento do califado do EI e do feriado do Dia da Independência dos EUA.

Além disso, os ataques da já denominada 'Sexta-feira Sangrenta' (26/06/2015) na França, Tunísia e Kuwait - todos ocorridos dentro com apenas algumas horas entre um e outro e cujos 'créditos' (autoria) forem reivindicados pelo Estado Islâmico - poderiam ser 'apenas a visualização de uma maior demonstração de força do EI, segundo alertaram as autoridades norte-americanas.

McCaul disse que o número de terroristas têm aumentado 'exponencialmente' desde o ano passado, por causa de recrutamento Internet.

"Estou extremamente preocupado com a forma como os recrutadores sírios do EI podem usar a Internet na velocidade da luz para recrutar milhares seguidores nos Estados Unidos", disse ele, "e, em seguida, ativa-los para fazer o quiserem, desde de instalações militares, aplicação da lei ou possivelmente, ataque durante os desfiles de 4 de julho".

Um homem armado ceifou a vida de turistas em um resort de praia na Tunísia na última sexta-feira (26), matando pelo menos 37 pessoas e ferindo outras 36. Este foi seguido pelo atentado suicida em uma mesquita no Kuwait, matando pelo menos 25 pessoas. Também na sexta-feira, um homem com suspeita de ligações com extremistas islâmicos franceses provocou uma explosão em uma usina de gás, na cidade de Lyon (França), ferindo duas pessoas. O atentado foi cometido após o terrorista ter decapitado um empresário local e colocado a cabeça do homem exposta no portão da usina, ao lado de bandeiras com frases relacionadas ao islamismo.

O coronel aposentado do Exército norte-americano, Peter Mansoor apontou que o Estado Islâmico tornou-se uma ameaça global por causa de sua capacidade de 'converter' seguidores.

"Isso só vai continuar, a menos que algo seja feito para destruir ISIL e reduzir seu apelo para a franja extremista na comunidade islâmica", comentou o militar que ajudou a projetar a campanha militar dos EUA contra a Al-Qaeda.

No início deste ano, o Diretor da Inteligência Nacional, James Clapper disse ao Congresso que o Estado Islâmico era 'uma ameaça regional', que provavelmente, 'só conduz operações no Oriente Médio'. Na época, o general Martin Dempsey também classificou o EI como apenas o retrato de 'um conflito interno do Islã'.

Especialistas em táticas de combate ao terrorismo disseram que o EI tem evoluído desde então. Além disso, tornou-se muito mais fácil para os líderes do grupo terrorista, organizar e lançar ataques praticamente qualquer lugar do mundo por seu uso de mídia social.

"Nós sabemos que o EI encoraja ataques do tipo 'lobo solitário", disse o porta-voz do Comando Central dos EUA, responsável pelo Oriente Médio, coronel da Força Aérea Pat Ryder a jornalistas no Pentágono, na semana passada.

Os especialistas também alertaram que o EI pode estar se afastando do método de travar 'grandes ataques', porque o atentado de 11 de setembro de 2001 contra os EUA, teria advertido que os ataques podem vir com mais frequência, da Al Qaeda ou outros grupos terroristas.

"Os terroristas no país e no exterior estão trazendo a batalha para nossas casas através da internet", disse MCaul no domingo. "Nós não podemos nos dar ao luxo de assistir complacentemente tantas ameaças. É tempo de agir e de tratar esta questão com prioridade que ela realmente deve ter".

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