Garota que fugiu do Boko Haram pede que terroristas sejam perdoados: "Eles não sabem o que fazem"

Segundo Débora, de 19 anos, muitos que integram o grupo terrorista, o fazem por falta de opções.

Fonte: Guiame, com informações do Christian TodayAtualizado: quarta-feira, 8 de abril de 2015 às 19:56
Manifestantes saem às ruas da Nigéria para protestar contra o sequestro de 250 meninas, capturadas pelo Boko Haram.
Manifestantes saem às ruas da Nigéria para protestar contra o sequestro de 250 meninas, capturadas pelo Boko Haram.

Há quase um ano, mais de 250 meninas foram capturadas pelo Boko Haram de uma escola na vila Chibok, no nordeste da Nigéria.

Apesar da campanha generalizada "#BringBackOurGirls" ("#TragamNossasGarotasDeVolta") a maioria delas ainda não foi encontrada.

Dentre as 50 meninas que conseguiram escapar, uma delas pediu que os militantes fossem perdoados, sugerindo que a sua falta de educação é, em parte, a culpa por seu comportamento.

Deborah, de 19 anos, disse à Times: "Mesmo que eles tenham promovido tanta destruição, para mim, puni-los não vai ser a melhor resposta, mas sim mostrando-lhes o que eles estão fazendo é errado. A maioria deles são analfabetos. Eles não sabem o que estão fazendo", disse ela.

O nome do grupo militante islâmico se traduz como "educação ocidental é pecaminosa", e a ideologia islâmica é, muitas vezes, fundida com uma posição fortemente anti-ocidental.

"Alguns deles estão nessas gangues por causa da pobreza. Assim, dando-lhes um trabalho, fazendo-os perceber que essas coisas não são boas, esta é a melhor maneira, eu acho, para ajuda-los".

O grupo tem aterrorizado norte da Nigéria, nos últimos seis anos, crescendo em força ao longo do tempo e mais de 10.000 pessoas foram mortas por causa da violência promovida pelo Boko Haram, de acordo com o Conselho de Relações Exteriores.

Recém-eleito, o presidente Muhammadu Buhari prometeu superar os militantes e ter sucesso onde o presidente Goodluck Jonathan é visto como falho - apesar de fazer promessas antes das eleições da semana passada que o grupo poderia ser suprimido dentro de um mês.

Desde sua fuga, Deborah voltou à sua educação e foi levada até um lugar na Universidade Americana da Nigéria, em Yola, juntamente com 20 outras meninas foragidas do cativeiro. A instituição de caridade foi criada para financiar bolsas de estudo para meninas como Débora, desamparadas por conta da guerrilha.

"Eles dizem que a educação ocidental é ruim, com base na sua religião. Eu penso que é que a educação ocidental é tudo", disse ela.

Juntamente com algumas das outras meninas, Deborah disse que elas feito um acordo desde sua fuga, de ficarem juntas e orando para que as outras meninas capturadas com elas, um dia sejam liberadas.

 

 

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