Grupo do Estado Islâmico no Telegram é monitorado pela Inteligência Brasileira

A existência do grupo chamado 'Nashir Português' foi confirmada pela instituição. O nome seria uma referência à agência de notícias pela qual o Estado Islâmico divulga seus comunicados: a 'Nashir News Agency'.

Fonte: Guiame, com informações da UOLAtualizado: quinta-feira, 16 de junho de 2016 às 16:15
Com funcionamento semelhante ao Whatsapp, o aplicativo russo Telegram foi uma alternativa encontrada pelo grupo para divulgar sua propaganda após várias de suas contas terem sido deletadas das redes sociais, como o Twitter. (Foto: Extra.Globo)
Com funcionamento semelhante ao Whatsapp, o aplicativo russo Telegram foi uma alternativa encontrada pelo grupo para divulgar sua propaganda após várias de suas contas terem sido deletadas das redes sociais, como o Twitter. (Foto: Extra.Globo)

A Abin (Agência Brasileira de Inteligência) informou que está monitorando um grupo do aplicativo Telegram, que tem sido usado para trocar informações sobre o Estado Islâmico.

A existência do grupo chamado 'Nashir Português' foi confirmada pela instituição. O nome seria uma referência à agência de notícias pela qual o Estado Islâmico divulga seus comunicados: a 'Nashir News Agency'.

A movimentação do grupo chamou a atenção da Abin, que está buscando evitar possíveis recrutamentos de cidadãos brasileiros. O país está às vésperas de um contexto de exposição global, dois meses antes dos jogoso Olimpícos no Rio de Janeiro - evento que atrai delegações de todo o mundo.

"Essa nova frente de difusão de informações voltadas à doutrinação extremista, direcionada ao público de língua portuguesa, amplia a complexidade do trabalho de enfrentamento ao terrorismo e representa facilidade adicional à radicalização de cidadãos brasileiros", informou a Abin em nota.

A Agência Brasileira de Inteligência também alertou que "as organizações terroristas têm empregado ferramentas modernas de comunicação para ampliar o alcance de suas mensagens de radicalização direcionada, em especial, ao público jovem".

Entre as mensagens publicadas no grupo criado no Telegram, está um discurso com mais de 14 páginas, escrito por Abu Muhammad al-Adnani e já traduzido para a língua portuguesa. O autor do texto é o porta-voz do Estado Islâmico atualmente. O conteúdo apresenta basicamente a propaganda jihadista, já difundida em outros idiomas, como o inglês, por exemplo.

A agência de monitoramento de terrorismo, 'SITE Intelligence Group' informou que o grupo foi criado no dia 29 de maio, após uma série de mensagens em outros grupos, convidando simpatizantes que dominam a língua portuguesa para traduzir seus materiais de propaganda.

A confirmação do surgimento de um grupo em língua portuguesa reforça ainda mais o relatório divulgado anteriormente pela Abin, no qual que alertou sobre ameaças terroristas no Brasil durante a realização dos Jogos Olímpicos.


Investigações em Santa Catarina

A divulgação do relatório da Abin levou a Polícia Federal a investigar um homem de Chapecó (SC), devido a suspeitas de planejar ataques terroristas.

Conforme informações da Folha de S. Paulo, Ibrahim Chaiboun Darwiche foi investigado e há indícios de que ele tenha sido treinado na Síria - um dos países no qual o Estado Islâmico controla grande parte do território.

Com funcionamento semelhante ao Whatsapp, o aplicativo russo Telegram foi uma alternativa encontrada pelo grupo para divulgar sua propaganda após várias de suas contas terem sido deletadas das redes sociais, como o Twitter.

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