Grupo pede que muçulmanos se casem com cristãs para disseminar o islamismo, na Espanha

Centenas de cartazes foram distribuídos em um bairro de Barcelona, incentivando que os muçulmanos se casem com mulheres cristãs para "fazerem o Islã prevalecer".

Fonte: Guiame, com informações do Christian PostAtualizado: terça-feira, 14 de março de 2017 às 12:54
Refugiados na Europa. (Foto: republicbuzz)
Refugiados na Europa. (Foto: republicbuzz)

Para reforçar sua religião, um grupo desconhecido na Espanha colocou centenas de cartazes em uma área dominada por migrantes, pedindo aos homens muçulmanos que se casem com mulheres espanholas - incluindo as cristãs - para ensinar-lhes que "o Islã é a verdadeira religião".

"É admissível e encorajamos que um homem muçulmano se case com mulheres honestas e castas, que pertencem ao Povo do Livro [judeus e cristãos]. Mesmo que tenham distorcido e alterado a tradição, elas ainda são adequadas para o casamento", diz o cartaz, que foi noticiado pelo jornal espanhol 'La Gaceta'.

"Irmão, se envolva em uma parceria com uma espanhola, ensine-lhe que o Islã é a verdadeira religião", acrescenta o cartaz. "A lei islâmica determina que os frutos desta aliança seguirão o Islã, o que fortalecerá ainda mais a nossa comunidade".

Os cartazes apareceram na região de El Raval, um bairro do distrito da 'Ciutat Vella' de Barcelona. A área é conhecida por sua vida boêmia e também pela criminalidade. Cerca da metade de sua população nasceu no exterior, principalmente na América do Sul, Paquistão, Filipinas e Romênia.

O cartaz, que também denigre os cristãos, convida os membros da comunidade a participarem de uma "reunião de informação" que será realizada nesta terça-feira (14) em um restaurante árabe da cidade.

O bairro de El Raval tem sido um local estratégico para alguns grupos muçulmanos que dizem que seguidores do Islã têm "direito a retornar" para a Espanha, devido à história islâmica do país.

Entre 711 e 1492, a Espanha islâmica (ou Al-Andalus), era uma mistura multicultural de muçulmanos, cristãos e judeus, embora com restrições.

Atualmente, cerca de 4% da população espanhola é muçulmana e mais da metade deste grupo é formada por imigrantes. Alguns grupos jihadistas têm até mesmo apelado para um restabelecimento do domínio islâmico em Al-Andalus.

Em maio de 2016, uma pesquisa da Anistia Internacional descobriu que 97% dos entrevistados espanhóis estavam dispostos a "aceitar pessoalmente imigrantes que fogem da guerra ou perseguição" em seu país.

O Índice de Bem-Estar dos Refugiados do grupo mediu a vontade das pessoas de terem refugiados vivendo em seus países, cidades, bairros ou até mesmo em suas próprias casas. "A Espanha tem uma das posições mais favoráveis ​​para acolher refugiados e requerentes de asilo dos países pesquisados", afirmou Amnesty.

O governo da Espanha, no entanto, tem sido cuidadoso e relutante em acolher refugiados.

No mês passado, cerca de 500 migrantes africanos atravessaram a fronteira do Marrocos para o enclave espanhol de Ceuta, um dos dois enclaves espanhóis no norte da África, de acordo com a CNN. Em outro incidente, pelo menos 800 imigrantes africanos tentaram atacar uma cerca da fronteira em Ceuta, vindos de Marrocos no dia de Ano Novo, segundo a Reuters.

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