Igreja Católica pode aceitar divorciados e recasados, analisando "caso a caso"

As divergências entre liberais e conservadores no Sínodo dos Bispos levaram à decisão de que cada caso será analisado individualmente.

Fonte: Guiame, com informações do G1Atualizado: domingo, 25 de outubro de 2015 às 20:16

No último sábado (24), foi votado o documento final, que propõe - entre outros fatores - "a integração" dos divorciados que voltarem a se casar à Igreja Católica. Porém, segundo o Sínodo de bispos sobre a família (Vaticano), responsável pela votação, a resolução será analisada "caso a caso".

Conforme a doutrina atual da Igreja Católca, os divorciados não podem comungar, a menos que se abstenham de ter relações sexuais com seu novo parceiro.

Para esses católicos, a única maneira de se casar novamente sob a bênção da Igreja é se receberem a anulação do casamento anterior.

O documento foi analisado por bispos de todo o mundo, ao longo de três semanas e, após a votação, foi entregue ao Papa Francisco, que o divulgou imediatamente ao público.

O texto apresenta uma postura mais "flexível" com relação a casais que vivem juntos sem o matrimônio, além de homossexuais e católicos divorciados que voltaram a se casar no registro civil.

Porém houve divergências entre liberais e conservadores com relação a esta visão, o que acabou levando à decisão de que os casos serão analisados individualmente.


Homossexuais
Segundo o documento final do Sínodo, homossexuais não devem ser alvo de preconceito na sociedade, porém o casamento entre pessoas do mesmo continua "não encontrando fundamento" diante das doutrinas da Igreja e não se assemelha à união heterossexual.

O Sínodo tem um caráter consultivo e não tem o poder de alterar a doutrina da Igreja. Já o papa é quem dá as decisões finais sobre qualquer alteração. Francisco pediu que a Igreja seja "mais misericordiosa" e inclusiva e pode usar este material para escrever seu próprio documento, em um formato de uma "exortação apostólica".

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