A Igreja de Escócia irá permitir que homossexuais casados por união civil atuem como ministros e diáconos. A decisão foi tomada pela Assembléia Geral em Edimburgo no sábado (16), onde a moção foi aprovada por 309 votos a favor e 182 contra.
O movimento enfrentou uma série de debates e votações antes da decisão final. A igreja, que em sua fundação foi orientada pela doutrina presbiteriana, irá manter a visão tradicional do casamento entre um homem e uma mulher, mas irá permitir que congregações individuais nomeiem ministros ou diáconos que estejam em uma parceria civil homossexual.
"É hora de parar de dar nomes uns aos outros, é tempo de evitar a ideia de que devemos nos definir por nossas diferenças em vez de nos definir pelo que temos em comum - o nosso batismo em Cristo, a nossa dependência da graça de Deus, a nossa vontade de servir os pobres, e assim por diante", disse o Reverendo John Chalmers em um discurso posterior.
O debate antecede a aprovação do casamento gay religioso, mas a alteração da proposta menciona apenas as parcerias civis. Uma nova Assembléia irá acontecer na quinta-feira (21) para considerar se a nova lei irá incluir ministros casados com aval da igreja.
Augustus Nicodemus, vice-presidente do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil, esclarece que a doutrina da igreja no Brasil não está de acordo com conceitos deturpados adeptos a outras igrejas de linhagem presbiteriana. “Muitos não sabem que o termo ‘presbiteriana’ define apenas um sistema de governo, não uma teologia. A rigor, uma igreja presbiteriana é aquela que é governada por presbíteros. Assim, há igrejas que se dizem presbiterianas mas que são renovadas ou de linha pentecostal", exemplifica no blog “O tempora! O mores!”.
Por fim, Nicodemus se posiciona firmemente em relação à visão da igreja sobre o casamento: “A IPB é conservadora na sua doutrina e mantém o conceito da inerrância das Escrituras. Como tal, não reconhece o ‘casamento’ gay.”