Igreja de Charleston irá repartir metade das doações às vítimas do tiroteio

A Igreja Metodista Episcopal Africana Emanuel irá doar cerca de US$ 1,5 milhões dos US$ 3,4 milhões arrecadados por uma organização.

Fonte: GuiameAtualizado: sexta-feira, 27 de novembro de 2015 às 18:40

A igreja que teve nove membros negros baleados por um jovem branco em Charleston, na Carolina do Sul (EUA), irá igreja doar metade do dinheiro arrecadado para as famílias das vítimas ao ataque que aconteceu em junho.

A Igreja Metodista Episcopal Africana Emanuel irá doar cerca de US$ 1,5 milhões dos US$ 3,4 milhões arrecadados por uma organização para os familiares das vítimas que morreram no ataque e também dos cinco sobreviventes, segundo comunicado publicado nesta quarta-feira (25).

Embora quase todo o dinheiro tenha sido doado especificamente para a igreja, os membros sentiram que era importante compartilhar o valor com aqueles que mais sofreram, disse o Rev. Norvel Goff, pastor interino da Emanuel.

"A Igreja, em sua benevolência, fez o que sentimos que é um tremendo presente de honra para as famílias das vítimas e os sobreviventes também. Continuamos o processo de cicatrização, mas isto marca uma passagem na cura", disse Goff.

A igreja irá utilizar parte do dinheiro doado para melhorias em sua estrutura, um memorial permanente para os nove mortos e cinco sobreviventes, bolsas de estudos e projetos de sensibilização da comunidade.

Mas para isso, a igreja ainda aguarda a resolução de um processo judicial feito pelo marido de uma das vítimas, que exigiu prestação de contas da movimentação de doações feitas pela igreja.

Arthur Hurd, que teve a esposa Cynthia morta entre as nove vítimas, processou a igreja depois de pedir informações por meses e não recebê-las. 

No dia 17 de junho, Dylann Roof passou uma hora com o grupo de estudo da Bíblia na Igreja Metodista Episcopal Africana Emanuel antes de disparar os tiros, disse a polícia. O jovem branco disse que matou os fiéis por ódio às pessoas negras.

Roof sofreu acusações de assassinato e crimes de ódio nos tribunais estadual e federal e está aguardando julgamento de pena de morte no ano que vem. 

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