As Forças de Defesa de Israel (IDF) disseram recentemente que o grupo palestino Hamas formou laços com a organização terrorista Estado Islâmico no Egito.
Segundo o Major-General Yoav Mordechai, que atua como coordenador das atividades do governo com a IDF, falou sobre a aliança em uma entrevista com a 'YNet News' na semana passada, dizendo que os combatentes do Hamas em Gaza viajaram ao Egito para ajudar a milícia do Estado Islâmico baseada na região do Sinai, enquanto militantes do EI foram receber cuidados em hospitais da faixa de Gaza.
Mordechai apontou especificamente para um militante salafista chamado "Mahmoud Z" e um militante da região do Sinai, chamado Ibrahim Abu Qureia, dizendo que os dois estiveram envolvidos neste processo de comunicação entre o Hamas e o Estado Islâmico no Egito.
Além disso, Mordechai disse que combatentes do Hamas se juntaram ao Estado Islâmico na Península do Sinai para promover a guerra contra o exército do Egito, que tentou reprimir o EI nos últimos meses.
Como relata o site 'Breitbart Jerusalém' sobre a entrevista recente de Mordechai, a liderança do Estado Islâmico na Síria e no Iraque condenaram seu ramo egípcio por supostamente colaborar com o Hamas.
"A colaboração com o Hamas é inaceitável e viola a lei Sharia, pois a atitude do Hamas 'é incompatível com os princípios de nossa religião, e não pode ser visto como islâmica", afirmaram os líderes do Estado Islâmico em uma carta para Abu Osama al-Masri, que está à frente do grupo terrorista no Egito.
Esta não foi a primeira vez que Israel acusou o grupo Hamas de apoiar o Estado Islâmico.
Em julho de 2015, Mordechai disse à Al Jazeera que o Hamas foi responsável por treinar combatentes do Estado Islâmico.
"Sabemos que o Hamas em Gaza - e eu tenho verificado a informação - está ajudando o Estado Islâmico na Província do Sinai, tanto na organização, como com armamentos", disse Mordechai no momento.
O exército egípcio e o ramo do Estado Islâmico do Sinai têm estado em conflito nos últimos meses. O presidente egípcio, Abdel Fattah El-Sisi jurou vingança contra o grupo terrorista, após o EI ter decapitado 21 cristãos coptas (egípcios) na Líbia em fevereiro de 2015.
Em um comunicado, o presidente egípcio prometeu usar dos "meios e tempo necessários para vingar as mortes [dos cristãos egípcios]".
Enquanto o Hamas nunca confirmou ou negou laços com o Estado Islâmico, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu já havia advertido em 2014 que os dois grupos "compartilham uma crença fanática, na qual ambos procuram impor suas leis muito além do território sob seu controle".
Netanyahu acrescentou que os dois grupos querem um califado, dizendo que a declaração oficial do Hamas deixa claro, que seu objetivo imediato é a destruição de Israel, ele também tem um objetivo mais amplo: "Eles também querem um califado".
Enquanto algumas autoridades israelenses insistem que o Hamas têm laços com o Estado Islâmico, o Estado Islâmico divulgou um vídeo em junho de 2015, avisando que vai assumir a Faixa de Gaza e o grupo Hamas é "demasiadamente permissivo em sua imposição da lei Sharia na área".
No vídeo, um militante mascarado diz aos "tiranos do Hamas", que o Estado Islâmico "vai arrancar o estado das mãos dos judeus [Israel]" e vai invadir o território.
Tanto o Hamas quanto o Estado Islâmico foram classificados como organizações terroristas por muitos governos de países, incluindo os Estados Unidos.
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