Jean Wyllys acusa evangélicos de conspiração na CDHM: "As bancadas da Bíblia e da bala se uniram"

A sessão para escolher o novo presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara está agenda para a tarde desta quarta-feira (11)

Fonte: GuiameAtualizado: quarta-feira, 11 de março de 2015 às 15:10
Jean Wyllys é deputado federal pelo PSOL (RJ) e representante do movimento LGBTT no Brasil.
Jean Wyllys é deputado federal pelo PSOL (RJ) e representante do movimento LGBTT no Brasil.

Na tarde desta quarta-feira (11) será reinstalada a reunião da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara para eleger o seu novo presidente.

A sessão poderia ter se concluído na última quarta-feira (4), porém após o deputado Pastor Sóstenes Cavalcante (PSD-RJ) ter lançado sua candidatura avulsa para a presidência, houve divergências entre os parlamentares presentes. Após discussões, o atual presidente da Comissão, Assis do Couto anunciou um intervalo de 30 minutos, e tentou voltar com a reunião, mas não houve acordo.

A sessão acontecerá às 14h de hoje e já está gerando comentários e expectativas, não apenas na bancada evangélica, mas também por parte de representantes do movimento LGBTT, como o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ).

O parlamentar postou em sua página oficialdo Facebook, na última terça-feira (10), acusações contra representantes da bancada evangélica, alegando que há planos conspiratórios para que mais um "conservador" ocupe a presidência da CDHM.

"As bancadas da Bíblia e da bala se uniram tomando quase todas as posições dentro da CDHM, e o acordo é que os evangélicos ajudem os deputados ligados às empresas de segurança privada e à banda mais reacionária das polícias a derrubar o estatuto do desarmamento e acabem com a maioridade penal", disparou.

Apoio
Ao lançar sua candidatura - mesmo que avulsa e fora dos acordos feitos antecipadamente entre os partidos - Sóstenes ganhou o apoio de representantes da bancada evangélica e de outros defensores dos Direitos da Família, como Marco Feliciano (PSC-SP) e Jair Bolsonaro (PP-RJ).

Conforme o acordo feito pelos partidos antes da sessão da última quarta-feira (4), a presidência seria concedida ao PT, que indicou como candidato, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS).

Para evitar novos confrontos com os outros partidos, o PSD passou Sóstenes para a suplência na Comissão - impedindo assim que ele continuasse como candidato à presidência - e sugeriu que o parlamentar se tornasse relator do Estado da Família.

 

 

 

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