Isabella (nome fictício) esperou por muitos anos, mas não foi o tempo necessário — sua primeira relação sexual aconteceu aos 24 anos. Desde então, o mundo das fantasias sexuais invadiu sua mente e a afastou completamente de Deus e da igreja.
A jovem se relacionou com dezenas de homens dominadores, como a personagem apresentada no filme “Cinquenta Tons Mais Escuros”. Enquanto isso, ela tentava ser submissa ou “escrava” — termo mais comum neste universo.
“Enquanto submissa, eu sentia um certo acalento quando algum dos dominadores que eu me relacionava demonstrava proteção e cuidado. Eu, na verdade, buscava amor, proteção e não necessariamente sexo. Mas esta era a minha forma de receber afeto. É terrível a sensação... Você se sente um lixo, de fato um escravo sexual, sem nem ter nem o direito de se apaixonar pelo seu dominador”, relatou Isabella ao Guiame.
Isabella se relacionou com homens imersos em fantasias sexuais deploráveis e teve contato com a perversão sexual após sua primeira relação. Isso fez com que ela alterasse seu comportamento em momentos de submissão e dominação.
“Eu me sentia atraída por ter e causar dor psicológica por meio da ‘humilhação’, tanto gostava de humilhar e ser humilhada no ato sexual. Isso é bizarro, eu sei, e dou graças à Deus por ter me livrado disso. Ele me tirou do fundo do poço emocional e do lamaçal do pecado sexual”, ela observa.
Ela se tornou uma mulher dominadora em todos os relacionamentos, mas notou que seu comportamento era acometido pelo espírito de “Jezabel” enquanto ouvia uma pregação. “Este espírito não tem a ver apenas com sensualidade, mas com a questão da mulher dominar o homem em diversos aspectos”, ela conta.
“Mas a boa notícia é que Jesus é a cura e a salvação para as pessoas que estão presas em perversões sexuais severas. Muitas estão aprisionadas em um mundo tão secreto que a sociedade não pode ver. Por isso, somente Deus que tudo vê pode livrar o homem de suas prisões psicológicas”, afirma Isabella.
História real x História fictícia
Isabella fez uma análise de parte de sua história com as características dos personagens do filme Cinquenta Tons Mais Escuros. “Relutei bastante em assistir o filme, porém senti que havia um propósito maior nisso, ou seja, realizar esta análise. Já adianto que se não há um propósito maior, este filme não é recomendável, este não é o tipo de filme que um cristão deva assistir como forma de ‘entretenimento’”, ela alerta.
Personagens do filme Cinquenta Tons Mais Escuros. (Foto: Divulgação)
O personagem Christian Grey é colocado como “símbolo sexual”, quando na verdade — trazendo o fato para vida real - deveria ser caracterizado como uma espécie de “maníaco sexual” que não só precisaria de tratamento psicológico, como também de ajuda espiritual.
“Todo dominador, no fundo, busca por alguém que seja capaz de dominá-lo. A personagem Anastasia conseguiu colocar de joelhos um dominador, e esta cena é simbólica tanto no aspecto psicológico como no mundo espiritual. Mas este tipo de amor humano não é capaz de curar a dor da alma e vencer os seus fantasmas do passado — somente o amor de Deus que excede todo o entendimento, pode libertar o homem de suas próprias prisões emocionais e espirituais e jogar os pecados no lago do esquecimento”, Isabella avalia.
Isabella critica a imagem vendida pelo filme e seu efeito provocado nas mulheres, que acabam se sentindo atraídas por um personagem sádico. “O poder, o dinheiro e o status social retratados no filme podem até chamar a atenção das mulheres. Mas não entendo como um conto erótico pode preencher o vazio do coração das mulheres. Somente Jesus pode preencher o vazio dos nossos corações”, ela afirma.
“Nossa geração precisa de novos valores, novos exemplos de casais. No primeiro filme, eles não foram um casal e sim parceiros sexuais; no segundo, ensaiam um relacionamento e até um casamento, porém o fato é que tudo está baseado no sexo. Por isso, muitos casamentos não dão certo — o sexo não pode ser o centro de tudo, Deus deve ser o centro de tudo”, a jovem reforça.
Depois de ter um verdadeiro encontro com Deus, Isabella teve seu coração preenchido e foi libertada do vício em sexo. Diante de sua história, ela aconselha: “Se você está viciado em sexo, pornografia e fantasias sexuais que te aprisionam, não se esconda atrás da tela do seu computador ou smartphone. É preciso ter uma atitude de coragem e pedir ajuda. Não tenha vergonha de pedir ajuda! Procure uma igreja e converse com um líder espiritual, pois somente Deus poderá te libertar de todos os tons de cinza”.
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