Centenas de manifestantes lotaram a avenida e o calçadão da região da Praia de Iracema, em Fortaleza (CE), para protestar contra a vida. (Foto: Damares Alves)
No último sábado (3), centenas de pessoas se reuniram no aterro da Praia de Iracema, em Fortaleza (CE), para participar da '7ª Marcha Pela Vida Contra o Aborto'. Apoiada pelo empresário cearense Luis Eduardo Girão, a manifestação contou com a organização do grupo Movida e também com a presença de pessoas de outros estados, conhecidas por militar contra o aborto, como a advogada Damares Alves, o senador Magno Malta (PR - ES) e o promotor Sérgio Harfouche.
Com dois trios elétricos e manifestantes que carregavam faixas e cartazes contra a legalização do aborto, a passeata partiu do aterro e percorreu boa parte da avenida beira-mar. Em um dado momento da manifestação, o grupo parou em frente a um telão, instalado no calçadão da praia e assistiu a um vídeo com cenas fortes, que alertava sobre os perigos do procedimento abortivo.
Falando com exclusividade ao Portal Guiame, o senador Magno Malta explicou que o governo federal tem dificultado cada vez mais o combate ao aborto e citou a nomeação da ministra-chefe da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci de Oliveira, como uma prova disto.
"A luta contra o aborto parece que está a cada dia mais difícil e a cada dia mais forte. É verdade. Parece que está mais difícil, porque quem tem a caneta governante deste país odeia a vida, odeia Deus, odeia a Família, odeia valores e ela [presidente Dilma] se elegeu com esta bandeira. A prova é que ela nomeou uma ministra chamada Menicucci e no discurso de posse, ela disse que veio para legalizar o aborto. Mas isto é o discurso dela. Isto tem que passar pelo congresso nacional, tem que passar por estas Frentes da Família, Católica, Evangélica, Espírita", disse.
Fortalecidos
Apesar da luta cada vez mais acirrada contra a legalização do aborto, Malta destacou que as dificuldades têm servido motivação para que o povo se una cada vez mais pela causa pró-vida.
"Nós estamos a cada dia mais fortes. À medida que eles [pró-aborto] se levantaram, para nós isto não foi de todo ruim, porque gerou unidade. O que foi feito aqui hoje, com a exibição destas imagens no telão, eu já tinha aconselhado o [Luís Eduardo] Girão a fazer desde o ano passado. É preciso fazer que os norte-americanos fazem em seus protestos, porque o coração só sente o que o olho vê, então deixa o olho sentir", destacou.
"Eu penso que este movimento está crescendo no Brasil. Nós não vamos arrefecer das nossas forças. Estamos a cada dia mais animados, a cada dia mais empolgados. O sonho de querer legalizar o aborto no Brasil é utópico, porque nós não vamos permitir", acrescentou.
Escândalo 'Planned Parenthood'
Em julho deste ano (2015), os Estados Unidos foi tomados por protestos em diversas regiões, após o escândalo gerado pela divulgação de vídeos nos quais, diretores da maior organização abortista norte-americana, Planned Parenthood, negociam a venda de tecidos / órgãos de bebês abortados.
Quando questionado sobre o assunto, Magno Malta explicou que há claramente a possibilidade de acontecer algo semelhante a isto no Brasil, devido aos interesses dos investidores internacionais.
"Estas organizações financeiras americanas também financiam ONG's aqui do Brasil. Quem produz as estatísticas mentirosas repetidas aqui, as produz lá. Não é nada feito aqui. Este escândalo pode atingir sim o nosso país. Qual é o interesse da indústria e do Capital investir no aborto? Eles querem ter algum tipo de lucro. As empresas não investem naquilo que não dá retorno. O aborto dá retorno financeiro. Restos mortais de um bebê acabam sendo usados em pesquisas de produção de cosméticos. Um órgão pronto ou um cordão umbilical que está está preparado para ser usado imediatamente nas pesquisas de células-tronco e fortalecer a indústria... não tenha dúvida de que a matança de bebês é imposta nos Estados Unidos e eles querem alcançar o mundo, por causa de dinheiro, unicamente", alertou.
Finalizando seu depoimento, o parlamentar garantiu que não desistirá de lutar - junto a tantos outros parceiros - contra a legalização do aborto no Brasil.
"O Brasil é majoritariamente cristão e isto não vai acontecer aqui. A América sempre foi conhecida como uma 'nação de maioria cristã' [apesar do Estado Laico], mas aconteceu exatamente como Billy Graham falou em uma carta a George W. Bush: 'Tudo isto acontece, porque a América se esqueceu de Deus'. Nós aqui no Brasil, com esta violência, com este governo que odeia as coisas de Deus, não viramos as costas para Deus, não abandonamos Deus e é nEle que nos alimentamos, nos fortalecemos para impedir que uma barbaridade dessa aconteça aqui", assegurou.
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