O local considerado como o terceiro mais sagrado para o Islã no mundo se tornou um campo de batalha no último domingo (26). A polícia israelense conteve palestinos que atiravam pedras para fora da mesquita al-Aqsa, em Jerusalém, com granadas de efeito moral.
A violência eclodiu depois que um grupo de judeus tentou visitar durante o feriado de Tisha B'Av, que convoca um jejum e relembra a destruição do primeiro e segundo templos judaicos, construídos no atual local da mesquita de al-Aqsa, segundo informou a mídia palestina. Supostamente, a visita foi idealizada pelo ministro de Israel para a agricultura, Uri Ariel.
Local de conflito
O local é sagrado tanto para judeus como para os muçulmanos. No entanto, os judeus foram proibidos de cultuar a Deus no local desde a guerra de 1967, quando Israel tomou o controle de Jerusalém e se tornou um Estado, deixando a mesquita sob administração da Jordânia.
As forças de segurança da Jordânia que patrulham o local, Waqf Islâmico, observam os lábios dos judeus que visitam o local para garantir que eles não estejam recitando orações silenciosamente. Recentemente, Israel impôs restrições rigorosas ao acesso de muçulmanos, proibindo os homens entre 16 e 60 anos de entrarem no composto, como tentativa de prevenir a violência.
Nos últimos anos, grupos judaicos têm pressionado o governo de Benjamin Netanyahu a negociar a liberdade de culto para os judeus no local. Porém, a questão continua sendo controversa para os árabes, e esforços feitos para orações judaicas no local têm resultado em violência.
Os muçulmanos acreditam que o profeta Maomé subiu ao céu partindo de uma rocha localizada embaixo da dourada Cúpula da Rocha, que foi construída no ano 685 d.C. Nos primeiros dias de existência do Islamismo, os muçulmanos rezavam em direção a al-Aqsa, antes de mudar a direção das orações para Meca.
De acordo com a Bíblia, al-Aqsa é local da construção do primeiro e segundo templos judaicos, que foram destruídos nos anos 500 a.C. e 70 d.C, respectivamente. Do antigo templo, resta ainda um muro na parte ocidental da região da mesquita, que se tornou um popular local de adoração para os judeus – o Muro das Lamentações.