Marco Feliciano comenta audiência pública com ex-gays: "Ouviremos a minoria da minoria"

Em entrevista exclusiva ao Portal Guiame, Marco Feliciano falou sobre esta nova audiência pública, suas expectativas e rebateu acusações de que seja uma tentativa de "ressuscitar o projeto de cura gay".

Fonte: Guiame, João NetoAtualizado: quinta-feira, 23 de abril de 2015 às 14:24
Marco Feliciano (PSC-SP) é deputado federal e integrante da Comissão de Direitos de Humanos e Minorias da Câmara. O parlamentar tem-se destacado, entre outros projetos, pela defesa dos Direitos da Família tradicional.
Marco Feliciano (PSC-SP) é deputado federal e integrante da Comissão de Direitos de Humanos e Minorias da Câmara. O parlamentar tem-se destacado, entre outros projetos, pela defesa dos Direitos da Família tradicional.

Aprovada no dia 15 de abril (2015), uma audiência pública com ex-homossexuais, proposta pelo deputado federal Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) já tem gerado expectativas e comentários nas mídias sociais - antes mesmo de se realizar.

Durante a votação para aprovar a audiência, o parlamentar explicou que os homossexuais que decidem abandonar esta orientação sexual têm sofrido "duplo preconceito".

"Após a mudança de sua orientação sexual, passam a sofrer duplo preconceito. Seus antigos pares dizem que eles estavam fingindo. Os heterossexuais dizem que eles estão agora dissimulando. Assim, tanto os homossexuais", disse o deputado durante a sessão.

Serão convidados a participar da audiência nove ex-homossexuais, entre eles, estão pastores, uma missionária e um cantor gospel.

A polêmica já havia ganho projeção quando a psicóloga Marisa Lobo foi convocada pelo Conselho de Psicologia do Paraná, para depor diante de acusações de que estaria tentando "curar homossexuais".

Na época, a profissional recebeu o apoio de diversos ex-gays, que a citaram como alguém que reconhece a existência dos que abandonaram a homossexualidade.

"Sou ex-gay e para o Conselho de Psicologia eu não existo. Obrigado por reconhecer a minha existência", dizia uma das centenas de mensagens nos cartazes que ex-homossexuais postaram nas mídias sociais.

Em entrevista exclusiva ao Portal Guiame, Marco Feliciano falou sobre esta nova audiência pública, suas expectativas e rebateu acusações de que seja uma tentativa de "ressuscitar o projeto de cura gay".

Confira abaixo, na íntegra:

Portal Guiame: No dia 15 de abril foi aprovado o seu requerimento para a realização da audiência pública na qual ex-homossexuais serão ouvidos - o que é algo inédito até o momento. Como se dará esta audiência?

Marco Feliciano: Ouviremos estes seres humanos que hoje são minoria da minoria. Daremos voz a eles para que contem sua história, suas angústias e os preconceitos que sofrem por se reorientarem sexualmente. Queremos ouvi-los, apenas isto a princípio e na sequência tomaremos alguma atitude parlamentar para aliviar a angústia que sentem, advinda do preconceito por serem ex-homossexuais.

Guiame: A veracidade dos casos de ex-gays ainda é questionada por diversos grupos (movimento LGBT, conselhos de psicologia, etc), apesar da grande projeção que certos testemunhos alcançaram. Em sua opinião, por que haveria tanta dificuldade em considerar esta mudança?

Marco Feliciano: Ativistas não querem que a verdade seja deflagrada. Não querem que a opinião pública ouça os ex-gays, mas eles existem. Os ativistas tem medo de que o testemunho deles (ex) traga esperança para os que tiveram um trauma nesta área. Lembrando que ativistas ganham e muito de ONG's nacionais e internacionais que têm como meta a destruição da família tradicional.

Guiame: Como seria possível dissociar estes casos / depoimentos do termo erroneamente disseminado na mídia tempos atrás como "cura gay"?

Marco Feliciano: Ouvindo os testemunhos atentamente, observaremos o motivo que os levou a homosexualidade, como abusos, conflitos, etc. Não há cura, porque homossexualidade não é doença e sim um fenômeno comportamental.

 

 

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